O bem como momento da ação moral na filosofia do direito de Hegel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v10i2.65526

Palavras-chave:

Bem, Ação moral, Direito, Hegel

Resumo

O presente artigo tem a intenção de investigar a seguinte problemática: qual é o significado da concepção de bem na filosofia moral e jurídica de Hegel? Assim, tendo em vista o fomento de uma articulação filosófica consistente para o entendimento de tal questão, estabeleço como estratégia argumentativa a estrutura tópica tripartite, sendo a abordagem inicial realizada na introdução em linhas gerais, a contextualização do problema da moralidade. Adiante, esboço o sentido de se compreender qual seja a concepção de agir racional da vontade subjetiva, que se estabelece como um momento da moralidade intersubjetiva hegeliana. Seguindo em frente, tomo como linha de argumentação a noção jurídica hegeliana em que se faz uma abordagem do bem como um conceito universal concreto plenamente atualizado e determinado. Finalmente, procuro entender como se constitui a fundamentação da boa vontade na transição para a esfera da eticidade, tendo em vista o movimento de ação moral dos agentes humanos na estrutura argumentativa do bem e da moralidade na filosofia da justiça de Hegel.

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Biografia do Autor

Joel Decothé Jr., Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)

Pós-Doutoramento em andamento - Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores (CEHu). Docente do bacharelado em Filosofia no Instituto de Filosofia Espírito e Vida - (IFEV) do Seminário Diocesano Bom Pastor de Teófilo Otoni. Doutorado em Filosofia no Programa de Pós-Graduação em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Possui mestrado em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2016). Graduação em Teologia pela Faculdades EST (2014) e graduação em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2014).

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Arquivos adicionais

Publicado

2023-10-31

Como Citar

Decothé Jr., J. . (2023). O bem como momento da ação moral na filosofia do direito de Hegel. Aufklärung: Revista De Filosofia, 10(2), p.37–52. https://doi.org/10.18012/arf.v10i2.65526

Edição

Seção

Artigos