Uma leitura ecofeminista de árvores, jardins e do orgânico em Aaron’s Rod
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2020v29n1.54001Palabras clave:
Ecofeminismo, D. H. Lawrence, Alteridade, Imagética de plantas, Processo de Co-criaçãoResumen
O romance Aaron’s Rod, de D. H. Lawrence é, para Robert Burden, “tradicionalmente lido como doutrinariamente antifeminista”. Em razão de ser principalmente um romance urbano, amplamente construído por meio do diálogo masculino, parece resistir a uma leitura ecofeminista. Mas, jardins, e especialmente árvores, são recorrentes no romance como locais associados a mulheres que testam a problemática consciência masculina de Aaron Sisson, o protagonista. Esses encontros com as mulheres e com a natureza parecem revelar que o enigma da natureza interior de Aaron está ligado à sua afinidade com o meio do mato [the wild], a individuação, a resiliência, a vida que desintegra na natureza exterior. Será que uma leitura ecofeminista do romance poderia oferecer novos insights à inquietação masculina de Aaron com a alteridade das mulheres e da natureza como algo inextricavelmente ligado a problemas de sua própria natureza íntima? Será possível que os conceitos ecofeministas desenvolvidos por Val Plumwood, Patrick Murphy e Greta Gaard podem oferecer novas leituras do romance?