CONCEITOS, METODOLOGIA E ESTUDOS SOBRE A TÉCNICA ANÁLISE DE CONSTELAÇÃO: uma revisão de literatura

Autores

  • Mirella Leôncio Motta e Costa Universidade Federal da Paraíba http://orcid.org/0000-0002-4707-0300
  • Tarciso Cabral da Silva Universidade Federal da Paraíba

Palavras-chave:

Análise de Constelação, Conceitos, Metodologia, Revisão de literatura

Resumo

Este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura sobre a técnica Análise de Constelação (AC), identificando conceitos, metodologia e estudos em que foi aplicada. A Análise de Constelação é uma técnica de pesquisa interdisciplinar e transdisciplinar, que interliga diferentes percepções e está sendo utilizada para visualizar problemas complexos de tecnologia, inovação e sustentabilidade. Foi formulada em 2004 pelo Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Técnica de Berlim, Alemanha. No Brasil, começou a ser utilizada em um programa de pesquisas ambientais desenvolvido na bacia hidrográfica do rio São Francisco. A AC é construída coletivamente, com a participação de especialistas e stakeholders envolvidos. Sua aplicação resulta em uma matriz gráfica formada por um emaranhado de elementos, inter-relacionados denominada Constelação, cuja visualização permite um rápido entendimento da questão a ser estudada. A partir dos trabalhos revisados, constatou-se que a maioria utilizou a AC em estudos sobre energias renováveis e da gestão da água e da terra. Observa-se claramente que a técnica ainda se encontra em processo de difusão, sendo atualmente dominada por um pequeno grupo de especialistas alemães e brasileiros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mirella Leôncio Motta e Costa, Universidade Federal da Paraíba

Graduação em Engenharia Civil pela UFCG, mestrado em Engenharia Civil e Ambiental pela UFCG, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente ela UFPB. Professora Efetiva do Instituto Federal de Educação da Paraíba.

Tarciso Cabral da Silva, Universidade Federal da Paraíba

Graduação em Engenharia Civil pela UFPB, mestrado em Engenharia Civil pela UFPB, doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo - POLI/USP. Professor Titular da UFPB. Consultor ad hoc do CNPq e da CAPES

Referências

AIGNEREN, M. 2006. La técnica de recolección de información mediante los grupos focales. Universidad de Antioquia. Facultad de Ciencias Sociales y Humanas. Centro de Estudios de Opinión.

BAGGIO, J. A.; BROWN, K.; HELLEBRANDT, D. 2015. Boundary object or bridging concept? A citation network analysis of resilience. Ecology and Society 20 (2): 2. http://dx.doi.org/10.5751/ES-07484-200202.

BEST, B. 2013. Interdisziplinäre Verständigung mit der Konstellationsanalyse. Anwendung auf die “urbane Energiewende” im Ruhrgebiet. Energieende Ruhr. Wuppertal Institut.

BEST, B. 2015. Nachhaltige Urbane Laboratorien. Transdisziplinäre Analyse der demokratischen Implikationen von Energiewende- und Klimaschutzstrategien am Beispiel der InnovationCity Ruhr – Modellstadt Bottrop. Extended Abstract. Wuppertal Institut.

BRUNS, E.; OHLHORST, D.; WENZEL, B.; KÖPPEL, J. 2011. Renewable Energies in Germany’s Electricity Market - A Biography of the Innovation Process. Springer Dordrecht Heidelberg London New York.

BRUNS, E.; OHLHORST, D. 2011. Wind Power Generation in Germany – a transdisciplinary view on the innovation biography. The Journal of Transdisciplinary Environmental Studies. Vol. 10, n. 1.

BURANDT, A.; LANG, F.; SCHRADER, R.; THIEM, A. 2013. Working in Regional Agro-food Networks – Strengthening Rural Development through Cooperation. Eastern European Countryside. DOI: 10.2478/eec-2013-0008.

CUNHA, C. R. M. 2016. Relações institucionais do Sistema de Gestão de Recursos Hídricos do Estado da Paraíba: análise e proposições. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, 75p.

FRASER, E. D. G.; DOUGILL, A. J.; MABEE, W. E.; REED, M.; McALPINE, P. 2006. Bottom up and top down: Analysis of participatory processes for sustainability indicator identification as a pathway to community empowerment and sustainable environmental management. Journal of Environmental Management 78, pp 114-127.

FREEMAN, R. E. 1984. Strategic management: a stakeholder approach. Boston: Pitman.

HAACK, F.; NAGEL, M.; RICHTERS, O.; SCHÄFER, E.; WUNDERLICH, S. 2014. Energieeffizienz & Rebound-Effekte im Kontext der Energiewende. Abschlussbericht. Universität Oldenburg, 40p.

HUESCA-PÉREZ; M. E.; SHEINBAUM-PARDO, C.; KÖPPEL, J. 2016. Social implications of siting wind energy in a disadvantaged region – The case of the Isthmus of Tehuantepec, Mexico. Renewable and Sustainable Energy Reviews nº. 58, pp. 952-965.

INNOVATE - INTERPLAY AMONG USES OF WATER RESERVOIRS VIA INNOVATIVE COUPLING OF SUSBSTANCE CYCLES IN AQUATIC AND TERRESTRIAL ECOSYSTEMS. 2012. Project Placement. Disponível em http://www.innovate.tu-berlin.de/. Acesso em ago. 2015.

__________________. 2013. Resultados parciais das oficinas. Julho de 2013.

KRÖGER, M. RÜCKERT-JOHN, J. SCHÄFER, M. 2012. Inter- und transdisziplinäre Problembeschreibung im Projektverbund ELaN - Entwicklung eines integrierten Landmanagements durch nachhaltige Wasser- und Stoffnutzung in Nordostdeutschland. ISBN 978-3-943679-05-2, 61p.

LATOUR, B. 1987. Science in action: How to follow scientists and engineers through society. Harvard University Press: Cambridge, Mass.

MEDEIROS, M. L.; GOMES, M. B.; CAVALCANTE JUNIOR, E. 2014. Análise do território e das relações de produção no reassentamento de Icó-Mandantes em Petrolândia-PE. VII Congresso Brasileiro de Geógrafos, Vitória-ES.

MEISTER, M.; KRUSE, S.; SCHÖN, S. 2005. Mapping Divergent Knowledge Claims in Heterogeneous Constellations: The Case of Regional Flood Protection Policy. Science, Technology and the Public, Poland.

MELO, M. G. S. 2015. Modelagem multi-segmentar para governança de perímetros públicos de irrigação de base familiar no semiárido nordestino. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação de em Engenharia Civil. Universidade Federal de Pernambuco, Recife-PE.

NATAL, C. 2005. Apostila Moderação Participativa. Disponível em http://www.emater.go.gov.br/intra/wp-content/uploads/downloads/2012/10/ApostilaModera%C3%A7 %C3%A3o-Participativa.pdf. Acesso em abril de 2016.

NÖLTING, B.; LOES, A. K.; STRASSNER, C. 2009. Constellations of public organic food procurement for youth. An interdisciplinary analytical tool. Bioforsk Report iPOPY discussion paper Vol. 4, n. 7.

ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. 2011. Fundamentals of Ecology. Cengage Learning.

OHLHORST, D.; KRÖGER, M. 2015. Konstellationsanalyse: Einbindung von Experten und Stakeholdern in interdisziplinäre Forschungsprojekte. In: NIEDERBERGER, M.; WASSERMANN, S. (Orgs.). Methoden der Experten- und Stakeholdereinbindung in der sozialwissenschaftlichen Forschung. Springer Fachmedien Wiesbaden.

OHLHORST, D.; SCHÖN, S. 2015. Constellation Analysis as a Means of Interdisciplinary Innovation Research – Theory Formation from the Bottom Up. Historical Social Research, v. 40, n. 3, pp. 258-278. DOI: 10.12759/hsr.40.2015.3.258-278.

OLTEAN-DUMBRAVA, C.; WATTS, G. R.; MIAH, A. H. S. 2014. “Top-Down-Bottom-Up” Methodology as a Common Approach to Defining Bespoke Sets of Sustainability Assessment Criteria for the Built Environment. Journal of Management in Engineering – ASCE, January/February, v. 30, n. 1, pp. 19-31.

PAULA, J.; CARVALHO, R. M. C.; RODORFF, V.; SOBRAL, M. C. SIEGMUND-SCHULTZE, M. 2014. Análise de Constelação como instrumento do planejamento ambiental na gestão de recursos hídricos no Nordeste. In: XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste, Natal.

PORTER. A. L. et al. 2004. Technology futures analysis: Toward integration of the field and new methods. Technological Forecasting & Social Change. v 71, pp. 287-303.

PRANTNER, M. 2012. Driving forces and barriers of electricity production from solid biomass in Hungary. An empirical example for a multi-level constellation analysis. Wuppertal Institute for Climate, Environment and Energy, Germany. pp.310-337. In: Theory Development & Critical Perspectives. IST 2012 - Navigating Theories and Challenging Realities. 361p.

RODORFF, V; ARAÚJO, G. J. F.; GOMES, E. T. A.; KÖPPEL, J.; SIEGMUND-SCHULTZE, M.; SOBRAL, M. C. 2013. Driving forces and barriers for a sustainable management of the Itaparica reservoir region - basic milestones towards a Constellation Analysis. In: GUNKEL, G.; SILVA, J. A. A & SOBRAL, M. C. (eds.). Sustainable Management of Water and Land in semiarid Areas: Case Study of the Itaparica Reservoir in Northeast Brazil. Editora Universitária UFPE, Recife.

RODORFF, V; SIEGMUND-SCHULTZE, M.; KÖPPEL, J.; GOMES, E. T. A. 2016. Governança da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco: desafios de escala sob olhares inter e transdisciplinares. Revista Brasileira de Ciências Ambientais. Junho de 2016, nº. 36.

SCHÄFER, M.; OHLHORST, D.; SCHÖN, S.; KRUSE, S. 2010. Science for the future: challenges and methods for transdisciplinary sustainability research. African Journal of Science, Technology, Innovation and Development, Vol 2, N. 1, pp. 114-137.

SCHÖN, S.; NÖLTING, B.; MEISTER, M. 2004. Konstellationsanalyse. Ein interdisziplinäres Brückenkonzept für die Technik-, Nachhaltigkeits- und Innovationsforschung. Discussion paper n. 12/04, Juni.

____________________. 2005. Die Konstellationsanalyse als Grundlage strategischer Netzwerkentwicklung. Konstellationsanalyse und Netzwerkentwicklung. ReUse-Computer – Buch.

SCHÖN, S.; KRUSE, S.; MEISTER, M.; NÖLTING, B.; OHLHORST, D. 2007. Handbuch Konstellationsanalyse. Ein interdisziplinäres Brückenkonzept für die Nachhaltigkeits-, Technik- und Innovationsforschung, München: ökom.

SCHÖN, S.; WENDT-SCHWARZBURG, H. 2009. Zukunftsfähige Infrastrukturangebote für schrumpfende Regionen Am Beispiel von Wasser und Abwasser. In Ländliche Räume im demografischen Wandel. BBSR-Online-Publikation, n. 34, pp. 111-123.

SIEGMUND-SCHULTZE, M.; RODORFF, V.; KÖPPEL, J; SOBRAL, M. C. 2015. Paternalism or participatory governance? Efforts and obstacles in implementing the Brazilian water policy in a large watershed. Land Use Policy 48, pp. 120-130.

WOCAT - WORLD OVERVIEW OF CONSERVATION APPROACHES AND TECHNOLOGIES. 2016. Análise de Constelação. Disponível on-line em <https://qa.wocat.net/SummaryApproach.php?selected_language=english &selected_language_code= en&selected_id=597>. Acesso em jun. 2016.

Downloads

Publicado

2016-12-19

Como Citar

COSTA, M. L. M. e; SILVA, T. C. da. CONCEITOS, METODOLOGIA E ESTUDOS SOBRE A TÉCNICA ANÁLISE DE CONSTELAÇÃO: uma revisão de literatura. Gaia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 4, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/30192. Acesso em: 17 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)