Compostos fenólicos totais e características físico-químicas de frutos de jabuticaba

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.30418

Resumo

A jabuticabeira é nativa da Mata Atlântica e amplamente cultivada em diversas regiões do Brasil e seus frutos apresentam potencial para serem utilizados nas indústrias de alimentos e cosméticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar características físico-químicas e compostos fenólicos totais em frutos e frações de frutos de duas espécies de jabuticaba (Myrciaria grandifolia e Myrciaria jabuticaba) da região de Capão Bonito/SP. Foram avaliadas as características físico-químicas de umidade, pH, acidez total titulável e sólidos solúveis e o teor de compostos fenólicos totais em polpa, semente, fruto inteiro e casca. Os resultados mostraram que a umidade, a acidez total titulável e os compostos fenólicos totais da polpa, semente, fruto inteiro e casca foram significativamente maiores nas amostras de M. jabuticaba, enquanto que os teores de sólidos solúveis da polpa e do fruto inteiro foram significativamente maiores em M. grandifolia. Os frutos de jabuticaba das duas espécies estudadas apresentam diferentes características físico-químicas e teores expressivos de compostos fenólicos totais, concentrados especialmente na casca, o que evidencia o seu potencial como fonte de nutrientes e de substâncias antioxidantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abe LT, Lajolo, FM, Genovese MI. 2012. Potential dietary sources of ellagic acid and other antioxidants among fruits consumed in Brazil: Jabuticaba (Myrciaria jabuticaba (Vell. berg). Journal of the Science of Food and Agriculture, 92(8):1679-1687.

Ascheri DPR, Ascheri JLR, Carvalho, CWP. 2006. Caracterização da farinha de bagaço de jabuticaba e propriedades funcionais dos extrusados. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 26(4):897-905.

Asquieri ER, Candido MA, Damiani C, Assis EM. 2004. Fabricación de vino blanco y tinto de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba Berg) utilizando la pulpa y la cáscara respectivamente. Alimentaria, 355:97-109.

Andrés-Lacueva C, Medina-Remon A, Llorach R, Urpi-Sarda M, Khan N, Chiva-Blanch G, Zamora-Ros R, Rotches-Ribalta M, Lamuela-Raventós RM. 2010. Phenolic Compounds: chemistry and occurrence in fruits and vegetables. In: Rosa LA et al. (Eds.), Fruit and vegetable phytochemicals: chemistry, nutritional value and stability, Singapore: Wiley-Blackwell, p. 53-88.

Araújo FMMC, Machado AV, Lima HC, Chitarra AB. 2010. Alterações físicas e químicas do fruto da jaboticabeira (Myrciaria jabuticaba Berg cv. Sabará) durante seu desenvolvimento. Revista Verde, 5(2):109-116.

Barbosa KBF, Costa NMB, Alfenas RCG, Paula SO, Minim VPR, Bressan J. 2010. Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modulatórios. Revista de Nutrição, 23(4):629-643.

Bouayed J, Bohn T. 2010. Exogenous antioxidants - Double-edged swords in cellular redox state: health beneficial effects at physiologic doses versus deleterious effects at high doses. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, 3(4):228-237.

Broinizi PRB, Andrade-Wartha ERS, Silva AMO, Novoa AJV, Torres RP, Azeredo HMC, Alves RE, Mancini-Filho J. 2007. Avaliação da atividade antioxidante dos compostos fenólicos naturalmente presentes em subprodutos do pseudofruto de caju (Anacardium occidentale L.). Ciência e Tecnologia de Alimentos, 27(4):902-908.

Brunini MA, Oliveira AL, Salandini CAR, Bazzo FR. 2004. Influência de embalagens e temperatura no armazenamento de jabuticabas (Myrciaria jabuticaba (Vell) Berg) cv 'SABARÁ'. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 24(3):378-383.

Cecchi HM. 2003. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. Campinas: Editora da Unicamp, 208 p.

Chitarra MIF, Chitarra AB. 2005. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: Ed. UFLA, 784 p.

Citadin I, Vicari IJ, Silva TT, Danner MA. 2005. Qualidade de frutos de jabuticabeira (Myrciaria cauliflora) sob influência de duas condições de cultivo: sombreamento natural e a pleno sol. Revista Brasileira de Agrociência, 11(3):373-375.

Guedes MNS, Rufini JCM, Azevedo AM, Pinto NAVD. 2014. Fruit quality of jabuticaba progenies cultivated in a tropical climate of altitude. Fruits, 69(6):449-458.

Haminiuk CWI, Plata-Oviedo MSV, Guedes AR, Stafussa AP, Bona E, Carpes ST. 2011. Chemical, antioxidant and antibacterial study of Brazilian fruits. International Journal of Food Science & Technology, 46(7):1529-1537.

Hu ML. 2011. Dietary polyphenols as antioxidants and anticancer agents: more questions than answers. Chang Gung Medical Journal, 34:449-460.

Instituto Adolfo Lutz. 2008. Métodos físico-químicos para análise de alimentos, São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 1020 p.

Keevil JG, Osman HE, Reed JD, Folts JD. 2000. Grape juice, but not orange juice or grapefruit juice, inhibits human platelet aggregation. Journal of Nutrition, 130:53-56.

Lima AJB, Corrêa AD, Alves APC, Abreu CMP, Dantas-Barros AM. 2008. Caracterização química do fruto jabuticaba (Myrciaria cauliflora Berg) e de suas frações. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, 58(4):416-421.

Lorenzi H, Bacher L, Lacerda M, Sartori S. 2006. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas de consumo in natura, Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 640 p.

Marin R, Apel MA, Limberger RP, Raseira MCB, Pereira JFM, Zuanazzi JAS, Henriques AT. 2008. Volatile components and antioxidant activity from some Myrtaceous fruits cultivated in Southern Brasil. Latin American Journal of Pharmacy, 27(2):172-177.

Nunes JS, Castro DS, Sousa FC, Silva LMM, Gouveia JPG. 2014. Obtenção e caracterização físico-química de polpa de jabuticaba (Myrciaria cauliflora Berg) congelada. Revista Verde, 9(1):234-237.

Oliveira AL, Brunini MA, Salandini CAR, Bazzo FR. 2003. Caracterização tecnológica de jabuticabas 'Sabará' provenientes de diferentes regiões de cultivo. Revista Brasileira de Fruticultura, 25(3):397-400.

Rocha WS, Lopes RM, Silva DB, Vieira RF, Silva JP, Agostini-Costa TS. 2011. Compostos fenólicos totais e taninos condensados em frutas nativas do cerrado. Revista Brasileira de Fruticultura, 33(4):1215-1221.

Sánchez-Moreno C. 2002. Compuestos polifenólicos: estructura y clasificación, presencia en alimentos y consumo, biodisponibilidad y metabolismo. Alimentaria, 2:19-28.

São Paulo. 2013. Portaria CVS-5/2013 de 19 abr de 2003. Regulamento técnico sobre boas práticas para estabelecimentos comerciais de alimentos e para serviços de alimentação, e o roteiro de inspeção. Diário Oficial do Estado, São Paulo, 19 ab 2013.

Sies H. 1993. Strategies of antioxidant defense. European Journal of Biochemistry, 215(2):213-19.

Vieites RL, Daiuto ER, Moraes MR, Neves LC, Carvalho LR. 2011. Caracterização físico-química, bioquímica e funcional da jabuticaba armazenada sob diferentes temperaturas. Revista Brasileira de Fruticultura, 33(2):362-375.

Wagner Júnior A, Paladini MV, Danner MA, Moura GC, Guollo K, Nunes IB. 2017. Aspects of the sensorial quality and nutraceuticals of Plinia cauliflora fruits. Acta Scientiarum, 39(4):475-485.

Zerbielli L, Nienow AA, Dalacorte L, Jacobs R, Daronch T. 2016. Diversidade físico-química dos frutos de jabuticabeiras em um sítio de ocorrência natural. Revista Brasileira de Fruticultura, 38(1):107-116.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2018-04-07

Como Citar

DE ALMEIDA, E. S.; SILVA, R. J. N. da; GONÇALVES, E. M. Compostos fenólicos totais e características físico-químicas de frutos de jabuticaba. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 1, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.30418. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/30418. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais