Relação de gênero na arte da pesca

Autores

  • Aniram Lins Cavalcante Universidade Estadual de Santa - UESC
  • Mônica de Moura Pires Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
  • Guilhardes de Jesus Junior Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
  • Abel Rebouças São José Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.30992

Resumo

A pesca artesanal tem se mostrado quase que dominada pelo mundo masculino, o que torna a mulher pescadora “invisível” no que diz respeito às relações de poder envolvidas nessa atividade. Tal fato torna relevante compreender e caracterizar as peculiaridades do gênero dentro da pesca artesanal, tomando como cenário de análise, neste trabalho, a Reserva Extrativista de Canavieiras, na Bahia, e, assim, verificar como se estabelecem as relações de gênero na arte da pesca. Utiliza-se a análise multivariada, especificamente a análise de cluster, como instrumento para captar esse fenômeno.Os resultados demonstraram diferenças no perfil econômico relativo ao gênero que se estendem para a atividade pesqueira, revelando o domínio do homem sobre a mulher, tanto nos aspectos sociais de empoderamento quanto na relação com o meio ambiente. Conclui-se que a pesca é onde está claramente definida a atividade de acordo com o gênero; cabe à mulher, portanto, executar tarefas consideradas menos valorizadas econômica e socialmente.

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Biografia do Autor

Aniram Lins Cavalcante, Universidade Estadual de Santa - UESC

Doutoranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA/UESC. Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz/Ba (2006) e Mestrado em Desenvolvi mento Regional e Meio Ambiente - PRODEMA - UESC (2011). Professora da disciplina Elaboração e análises de projetos; e de Metodologia da pesquisa científica: Trabalho de Conclusão de Curso dos cursos de Administração, Logística e Enfermagem Faculdade Madri Tais em Ilhéus - Ba. Tem experiência na área de Economia, Microeconomia, Viabilidade Econômica e Meio Ambiente, com ênfase em Desenvolvimento Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: sustentabilidade, comunidades extrativistas, unidades de conservação, mercado agrícola, agricultura familiar, comercialização agrícola e empreendimentos econômicos solidários na reserva extrativista de Canavieiras e coordenadora da "Rede de Mulheres pescadoras e marisqueiras do Sul da Bahia" - patrocinado pela Unifem - ONU Mulheres. Coordenadora do projeto Fortalecimento da Rede de Mulheres do Território Litoral Sul da Bahia, financiado pela Secretaria de Politicas para Mulheres do Estado da Bahia - SPM/BA. Delegada de Políticas Públicas para Mulheres Regional, Estadual e Nacional até 2014 e integrante do Grupo Nacional Assessor ONU Mulheres no Brasil.

Mônica de Moura Pires, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Graduada em Administração pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (1989), mestre em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa (1995), com menção honrosa pela Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural pela dissertação intitulada Perspectivas de expansão da produção de grãos em Minas Gerais no contexto de liberalização de mercados, doutora em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa (2001), Pós-doutorado em Modelagem econômica pelo Colegio Postgraduados, Campus Montecillo, Texcoco, México. Desde agosto de 1999 é professora efetiva da Universidade Estadual de Santa Cruz. Atualmente é professora pleno da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Departamento de Ciências Econômicas (DCEC). Subgerente de Pesquisa da UESC 2001-2002 e 2003-2004. Ministra a matéria Teoria Microeconômica no curso de graduação em Ciências Econômicas e Economia dos Recursos Naturais e Meio Ambiente no curso de mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PRODEMA) e doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Coordenou o Mestrado em Economia Regional e Políticas Públicas da UESC 2012-2014, Vice-coordenadora do mestrado a partir de 2014. Experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Rural, Regional, Desenvolvimento e Economia dos Recursos Naturais. Orienta trabalhos de graduação e iniciação científica em Ciências Econômicas e no mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Os trabalhos de iniciação científica de 2005, 2008 e 2009 receberam prêmio na área de Ciências Sociais Aplicadas da UESC. Em 2010 como orientadora de monografia recebeu a premiação de 3o. lugar no concurso Prêmio de Monografia economista Jairo Simões do Conselho Regional de Economia, Seção Bahia. Foi consultora na Cooperação Técnica Brasil e Haiti na área de economia rural em 2009. Coordena o acordo de cooperação técnico-científica entre a Universidade de Gembloux na Bélgica e a UESC, na área de desenvolvimento rural, desde 2010 e entre a UESC e Universidade de Oviedo na Espanha. Participou da Missão Cooperação Brasil - Guatemala em 2011, na capacitação técnica em economia agrícola, na área de comercialização de frutas. Participou da Diretoria da Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2010-2012, 2012-2014.

Guilhardes de Jesus Junior, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Possui Graduação em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (1994), Especialização em Gestão de Instituições de Ensino Superior pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (2008), Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2001) e Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2014). Atualmente é Professor Adjunto e Coordenador do Colegiado do Curso de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz. Docente do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Economia Regional e Políticas Públicas (PERPP/UESC). Professor do Curso de Especialização em Meio Ambiente e Desenvolvimento do Centro de Pesquisa e Extensão Socioambiental (CEPESA), da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, campus de Itapetinga. Coordena os projetos de Extensão Universitária: Vivências Interdisciplinares em Direitos Socioambientais e Núcleo Rondon UESC

Abel Rebouças São José, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

Graduado em Agronomia pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia Manoel Carlos Gonçalves (1981), Mestrado em Agronomia (Horticultura) pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus Botucatu (1987), Doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus Jabotical (1988) e Pós-doutorado em pós-colheita de frutas tropicais e controle biológico de pragas, pelo Colegio de Postgraduados, Campus Montecillo, Texacoco, México (2011). Professor Titular/Pleno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia desde 1982, lotado no Departameto de Fitotecnia e Zootecnia, campus de Vitória da Conquista. Ministra a disciplina Fruticultura na graduação e as disciplinas Fruticultura Tropical e Corantes Naturais nos cursos de mestrado em Produção Vegetal e Engenharia de Alimentos na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, nos campi Vitória da Conquista e Itapetinga, respectivamente. Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em dois mandatos, no período de 2002 a 2010. Especialista em fruticultura tropical, possui experiência em controle biológico de pragas em fruteiras. Participa de vários programas internacionais de cooperação técnica (Guatemala, Bolívia, Haiti, Colômbia, China etc.) por meio da Agência de Cooperação Brasileira do Ministério de Relações Exteriores do Brasil desde 2000. Atualmente é presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura (2010-2012).

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Publicado

2018-04-14

Como Citar

CAVALCANTE, A. L.; PIRES, M. de M.; JUNIOR, G. de J.; SÃO JOSÉ, A. R. Relação de gênero na arte da pesca. Gaia Scientia, [S. l.], v. 12, n. 1, 2018. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.30992. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/30992. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais