Temperatura e substrato na germinação de sementes e no crescimento inicial de plântulas de Sapindus saponaria (Sapindaceae)

Autores

  • Ademir Kleber Morbeck Oliveira Universidade Anhanguera-Uniderp
  • Juliana Santos Souza Universidade Anhanguera-Uniderp
  • Júnior Manoel Braga Carvalho Universidade Anhanguera-Uniderp
  • Paula Thaís Alves Ojeda Universidade Anhanguera-Uniderp

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2017v11n1.33208

Resumo

Sapindus saponaria é uma árvore da família Sapindaceae com madeira moderadamente pesada, dura, de baixa durabilidade natural, utilizada na construção civil e fabricação de caixotaria, além de possuir uso medicinal. Ocorre no Brasil desde o Pará até o Rio Grande do Sul, em florestas pluviais e semideciduais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação das sementes e crescimento de plântulas em diferentes temperaturas e substratos, com frutos e sementes coletados no Pantanal de Miranda, Mato Grosso do Sul. As sementes foram submetidas às temperaturas constantes de 20, 25, 30 e 35°C e alternadas de 20-30 e 25-35°C (substrato papel) e posteriormente, nas mesmas temperaturas, substratos areia, vermiculita e rolo de papel, com quatro repetições de 25 sementes por tratamento em câmara de germinação. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. A análise conjunta dos dados indicou que ocorreu interação (F significativo) entre os tratamentos (substratos x temperatura) para as diferentes variáveis (germinação, IVG e TMG). Em relação ao crescimento das plântulas, os valores de F também indicaram que ocorreu efeito significativo nas interações entre tratamentos. Levando-se em consideração a percentagem de germinação, IVG, TMG, tamanho e normalidade das plântulas, o tratamento entre papel a 30°C foi o que proporcionou melhor resultado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ademir Kleber Morbeck Oliveira, Universidade Anhanguera-Uniderp

Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional

Juliana Santos Souza, Universidade Anhanguera-Uniderp

Discente, Curso de Ciências Biológicas

Júnior Manoel Braga Carvalho, Universidade Anhanguera-Uniderp

Discente, Curso de Ciências Biológicas

Paula Thaís Alves Ojeda, Universidade Anhanguera-Uniderp

Discente, Curso de Ciências Biológicas

Referências

Akman Z. 2009. Comparison of high temperature tolerance in maize, rice and sorghum seeds by plant growth regulators. Journal of Animal and Veterinary Advances, 8(2): 358-361.

Albuquerque KS, Guimarães RM, Almeida IF e Clemente ACS. 2009. Alterações bioquímicas durante a embebição de sementes de sucupira-preta (Bowdichia virgilioides Kunth.). Revista Brasileira de Sementes, 31(1): 12-19.

Bewley JD, Bradford K, Hilhorst H e Nonogaki H. 2013. Seeds: physiology of development, germination and dormancy. 3rd. New York: Springer. 392 p.

Bocchese RA, Oliveira AKM, Melotto AM, Fernandes V e Laura VA. 2008. Efeito de diferentes tipos de solos na germinação de sementes de Tabebuia heptaphylla, em casa telada. Cerne, 14(1): 62-67.

Borghetti F e Ferreira AG. 2004. Interpretação de resultados de germinação. In: Ferreira AG e Borghetti F. (Orgs.). Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed. p. 209-222.

Brancalion PHS e Marcos Filho J. 2008. Distribuição da germinação no tempo: causas e importância para a sobrevivência das plantas em ambientes naturais. Informativo ABRATES, 18(1,2,3): 11-17.

Brancalion PHS, Novembre ADLC e Rodrigues RR. 2010. Temperatura ótima de germinação de sementes de espécies arbóreas brasileiras. Revista Brasileira de Sementes, 32(4): 15-21.

Brasil. 2009. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Secretaria de Defesa Agropecuária. Mapa/ACS. 395 p.

Carvalho PER. 2014. Espécies arbóreas brasileiras. Vol. 5. Brasília: Embrapa. 634 p.

Carvalho NM e Nakagawa J. 2012. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 5ed. Jaboticabal: FUNEP. 590 p.

Labouriau LG. 1983. Germinação das sementes. Washington: Organização dos Estados Americanos. 174 p.

Labouriau LG e Agudo M. 1987. On the physiology of seed germination in Salvia hispanica L. I - Temperature effects. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 59(1): 37-50.

Larcher W. 2003. Physiological plant ecology: ecophysiology and stress physiology of functional groups. Berlin: Springer. 533 p.

Lopes ILM, Jardim MAG e Medeiros TDS. 2007. Germinação de sementes e desenvolvimento morfológico de plantas oleaginosas: Pseudima frutescens (Aubl.) Radlk. (Sapindaceae). Revista Brasileira Farmácia, 88(3): 132-134.

Lorenzi H. 2008. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 1. 5ed. Nova Odessa: Plantarum. 384 p.

Maguire JD. 1962. Speed of germination aid in selection and evaluation for seedling and vigor. Crop Science, 2(2): 176-177.

Oliveira AKM e Farias GC. 2009. Efeito de diferentes substratos na germinação de sementes de Terminalia argentea (Combretaceae). Revista Brasileira de Biociências, 7(3): 320-323.

Oliveira DA, Nunes YRF, Rocha EA, Braga RF, Pimenta MAS e Veloso MDM. 2008. Potencial germinativo de sementes de fava-d’anta (Dimorphandra mollis Benth. - Fabaceae: Mimosoideae) sob diferentes procedências, datas de coleta e tratamentos de escarificação. Revista Árvore, 32(6): 1001-1009.

Oliveira LM, Bruno RLA, Silva KRG, Silva VDM, Ferarri CS e Silva GZ. 2012. Germinação e vigor de sementes de Sapindus saponaria L. submetidas a tratamentos pré-germinativos, temperaturas e substratos. Ciência Rural, 42(4): 638-644.

Oliveira AKM e Barbosa LA. 2014. Efeitos da temperatura na germinação e na formação de plântulas de Cedrela fissilis. Floresta, 44(3): 441-450.

Oliveira AKM, Souza JS, Carvalho JMB e Souza SA. 2015. Germinação de sementes de pau-de-espeto (Casearia gossypiosperma) em diferentes temperaturas. Floresta, 45(1): 97-106.

Pacheco MV, Matos VP, Ferreira RLC, Feliciano ALP e Pinto KMS. 2006. Efeito de temperaturas e substratos na germinação de sementes de Myracrodruon urundeuva Fr. All. (Anacardiaceae). Revista Árvore, 30(3): 359-367.

Pott A, Oliveira AKM, Damasceno Junior GA e Silva JSV. 2011. Plant diversity of the Pantanal wetland. Brazilian Journal of Biology, 71(1): 265-273.

Rodrigues ACC, Osuna JTA, Queiroz SROD e Rios APS. 2007. Efeito do substrato e luminosidade na germinação de Anadenanthera colubrina (Fabaceae, Mimosoideae). Revista Árvore, 31(2): 187-193.

Salomão AN, Silva JCS, Davide AC, Gonzales S, Torres RAA, Wetzel MMVS, Firetti F e Caldas LS. 2003. Germinação de sementes e produção de mudas de plantas do cerrado. Brasília: Rede de sementes do Cerrado. 96 p.

Santos PL, Ferreira RA, Aragão AG, Amaral LA e Oliveira AS. 2012. Estabelecimento de espécies florestais nativas por meio de semeadura direta para recuperação de áreas degradadas. Revista Árvore, 36(2): 237-245.

Souza Filho JC, Coelho MFB, Azevedo RAB e Albuquerque MCF. 2012. Germinação de sementes de Magonia pubescens St. Hil. - Sapindaceae em diferentes condições de luz e fotoperíodo. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 12(2): 14-19.

Vieira CV, Alvarenga AA, Castro EM, Nery FC e Santos MO. 2008. Germinação e armazenamento de sementes de camboatã (Cupania vernalis Cambess.) Sapindaceae. Ciência e Agrotecnologia, 32(2): 444-449.

Downloads

Publicado

2017-03-31

Como Citar

OLIVEIRA, A. K. M.; SOUZA, J. S.; CARVALHO, J. M. B.; OJEDA, P. T. A. Temperatura e substrato na germinação de sementes e no crescimento inicial de plântulas de Sapindus saponaria (Sapindaceae). Gaia Scientia, [S. l.], v. 11, n. 1, 2017. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2017v11n1.33208. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/33208. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)