Avaliação do desflorestamento e das queimadas em grupos de áreas protegidas da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2022v16n2.61722Resumo
Uma estratégia global de proteção dos habitats naturais é a criação de áreas protegidas. Este trabalho objetivou avaliar desflorestamento e queimadas em grupos de áreas protegidas da Amazônia: terras indígenas, unidades de conservação de proteção integral, unidades de conservação de uso sustentável - domínio público, unidades de conservação de uso sustentável - domínio público/privado, e área não protegida. Para cada grupo foi determinado o desflorestamento e a densidade de queimada, anualmente no período 2000-2017. As unidades de conservação de proteção integral e as terras indígenas foram mais eficientes na contenção do desflorestamento, enquanto as unidades de conservação de uso sustentável - domínio público/privado apresentaram pouca eficácia. Com relação às queimadas, as unidades de conservação de proteção integral foram mais eficientes na contenção. As unidades de conservação de uso sustentável - domínio público/privado foram ineficazes. A correlação entre desflorestamento e queimadas foi baixa para as áreas protegidas, indicando que o fogo está relacionado ao manejo agropastoril. Para conter o desflorestamento e as queimadas na Amazônia, deve-se priorizar a criação de unidades de conservação de proteção integral. As terras indígenas e as unidades de conservação de uso sustentável de domínio público podem ser usadas, pois, ainda que menos eficazes, elas são importantes para preservar a sociodiversidade amazônica.