Trajetória crítico-poética de David Mestre

Autores

  • Elisalva Madruga Dantas

Resumo

Embora o século XIX possa ser visto como período em que o gérmen da angolanidade começa a se insurgir no seio da sociedade angolana colonizada, sabe-se que a construção vigorosa da identidade literária angolana, de fato, principia nos anos 40 com o “Vamos Descobrir Angola”, movimento através do qual a semente plantada pelos velhos intelectuais, dentre eles o aguerrido Cordeiro da Mata, devidamente regada por Viriato da Cruz, Agostinho Neto, António Jacinto, Aires de Almeida Santos, principia a frutificar, servindo de alimento substancial não só para consolidação de uma literatura verdadeiramente angolana, como já era reclamada no século XIX, como para o fortalecimento de uma conscientização política, imprescindível à construção da também angola-nidade sócio-política. Daí o entrelaçamento marcadamente forte, que constantemente se divisa em Angola, entre os discursos da história e da literatura, conforme o comprovam não só os escritores e poetas dos anos 40, 50, 60, como aqueles posteriores à independência até o dia de hoje, ainda que, dentro de diferentes modulações poéticas.

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Publicado

01.01.2004

Edição

Seção

Artigos do Dossiê