Entre Eros e Thanatos
ressabios de morte do ser melancólico em Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2595-7295.2019v3n2.48875Resumo
Da mitologia grega, Freud se apropria dos nomes de Eros e Thanatos para exemplificar as teorias das pulsões, que explica a formação psíquica de todos os indivíduos. Eros e Thanatos correspondem, consequentemente, ao desejo erótico e a atração pela morte, coexistindo simultaneamente. A pulsão de vida equivale a toda a demanda interna que nos leva a buscar o prazer, a criar e a realizar projetos enquanto a pulsão de morte obedece à demanda que nos conduz à busca pelo isolamento, pela estagnação e pelos atos de destruição e morte. Nesta perspectiva, o princípio do prazer pode ser entendido como um motor para a pulsão de vida, e age atenuando situações dolorosas, fazendo que o ser humano aja desde o princípio de vida. Porém os indivíduos melancólicos tendem a evocar repetidamente, situações de dor extrema, de modo que se para o indivíduo neurótico o princípio do prazer busca amenizar ou zerar o desprazer, para o psicótico maníaco-depressivo, o princípio de morte cumprirá a mesma função. Augusto dos Anjos é sem sombra de dúvida um dos poetas brasileiros mais originais. O pessimismo e a angústia que recobrem toda sua escrita nos transportam para um lugar de observância das misérias humanas, e é nessa observância que estabelecemos os objetivos para o nosso trabalho. Pretendemos então, desenvolver uma análise crítica do poema “Psicologia de um vencido”, de Augusto dos Anjos, observando os traços melancólicos existentes no poema e como estes traços evocam a pulsão de morte, descrita por Freud.
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