A palavra acrobata
a escrita de Clarice Lispector como letra que faz litoral
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2595-7295.2019v3n2.49416Resumo
O presente trabalho pretendeu articular psicanálise e literatura através do conceito lacaniano de letra e lituraterra. Para tanto, fizemos um recorde de algumas obras de Clarice Lispector e escolhemos o Seminário livro 18 de Lacan enquanto embasamento teórico. A noção de lituraterra lacaniana difere da literatura convencional, tendo em vista que esta traz um formato determinante e abafa o efeito de gozo, portanto, não diz do escrito. A crítica à literatura é essa inquietação com as formas que evitam revelar o furo. Lacan traz que ao propor um texto à psicanálise, não tenta dar conta do texto como um todo, mas mostrar o que há por trás dele. Nossa abordagem seguiu essa recomendação, não pretendemos dar conta da escrita lispectoriana num ponto de vista literário, mas lançar sobre ela um olhar pela perspectiva da letra que faz litoral ao revelar o furo e permitir o espanto. Com essas relações entre psicanálise e literatura, por esses conceitos lacanianos descritos sugerimos que Lispector chega mais perto da lituraterra que da literatura. Tendo em vista que ela tem a imagem tomada por seu valor fonético ou de letra, e não meramente representativo. Nessa mistura de Clarice e psicanálise o que se pode dizer dessa (des)construção de nomes é um saber fazer com o real da falta que aparece.
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