A FESTA POPULAR NA REPÚBLICA SOB A PERSPECTIVA DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU

Autores

  • Vital Francisco Celestino Alves Unb

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v9i4.39959

Palavras-chave:

Teatro de comédia, Festa popular, República, Rousseau

Resumo

Ao apresentar em sua Carta a D’Alembert a discordância à proposta da criação de um Teatro de Comédia em Genebra, Rousseau paralelamente expõe uma exaltação à festa popular. Buscando examinar a concepção de “festa popular” no pensamento rousseauniano, e defendendo a hipótese de que é possível compreender de que maneira a festa popular pode contribuir para a longevidade da república a partir da análise de alguns aspectos da Carta a D’Alembert e das Considerações sobre o governo da Polônia, o presente artigo se concentrará em quatro pontos: o primeiro, em um exame da proposta de um Teatro de Comédia para Genebra apresentada por D’Alembert; o segundo, na perscrutação da objeção de Rousseau à proposta d’alembertiana; o terceiro, em uma avaliação das razões pelas quais o autor genebrino preconiza que a festa popular é o espetáculo mais apropriado para a República de Genebra; o quarto (tendo como referência o texto sobre a Polônia) consistirá no enfrentamento da seguinte questão: de que maneira a festa popular pode contribuir para a durabilidade da república?

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Biografia do Autor

Vital Francisco Celestino Alves, Unb

Sou doutor (2017) e mestre (2010) em Filosofia pela UFG. Realizei entre 2015-2016 estágio doutorado sanduíche na Université Montpellier III e nesse período também participei dos encontros promovidos pelo Centre Rousseau na Université Sorbonne, Paris III. Sou membro do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa Jean-Jacques Rousseau e do GT Rousseau e o Iluminismo. Tenho experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética, Filosofia Política e História da Filosofia. Fui professor assitente entre 2013-2015 na UFG e atualmente sou professor na Unb. 

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Publicado

17-12-2018

Edição

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Artigos