INVISIBILIA:
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UM MATERIAL ALTERNATIVO PARA O ENSINO DE FILOSOFIA.
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v11i3.53961Palavras-chave:
Mulheres, Ensino de Filosofia, Jogos, Produto EducacionalResumo
O baixíssimo número de filósofas presentes nos livros didáticos fornecidos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNDL) pode levar estudantes de todo o país à conclusão errônea de que não há pensadoras ao longo da história da filosofia, ou apenas que elas estão restritas às discussões contemporâneas. A fim de contribuir localmente para suprir em alguma medida esta lacuna na formação do ensino médio, foi elaborado o jogo de tabuleiro Invisibilia: em busca das mulheres na Filosofia. O jogo, fruto de uma produção coletiva entre professora, alunas e alunos, buscou apresentar diferentes filósofas que auxiliam os participantes a retirar cooperativamente os intolerantes do “jogo democrático” e concluir missões a respeito das lutas pela igualdade de gênero em um mundo desigual ou de inclusão precária, possibilitando um espaço comum de interação e também de reflexão. Produzido em 2018, o jogo faz parte do acervo de produtos educacionais no CEFET/RJ, já foi jogado em outros espaços formativos e seu material é acessível na internet. Este artigo pretende fazer um relato de experiência da elaboração e recepção do jogo Invisibilia, tendo em vista tanto a problematização acerca da ausência de filósofas nos livros didáticos e/ou paradidáticos – desde um recorte mais específico –, bem como uma investigação sobre a desigualdade estrutural de gênero, desde uma abordagem filosófica mais ampla. Decerto, tais níveis de análise (específico e amplo) estão sempre no horizonte de qualquer produção educacional que tenha um recorte de gênero e não podem ser deixados à margem desta investigação.
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