“NEM SILENCIOSAS, NEM SILENCIADAS” A NARRATIVA LITERÁRIA FEMININA NO SÉCULO XIX
VIOLÊNCIA E GÊNERO EM ÚRSULA (1859), DE MARIA FIRMINA DOS REIS
Palavras-chave:
História e Literatura, Escritoras Brasileiras do Século XIX, Maria Firmina dos Reis, Gênero e Violência em ÚrsulaResumo
Neste artigo, nos propomos analisar e compreender a trajetória intelectual e a produção literária da beletrista Maria Firmina dos Reis, bem como perceber e discutir as relações de gênero e as diversas formas de violência presentes no romance Úrsula–seu Magnum Opus –, pensando, sobretudo, como são representadas na narrativa. Publicado em 1859, ele pode ser considerado o primeiro romance de autoria negra feminina do Brasil, além de contemplar outros vanguardismos que demonstramos aqui. A narrativa aborda questões viscerais em um Brasil oitocentista, elitista e construído sobre o genocídio indígena e a escravização de povos africanos. A autora, com essa obra, nos mostra os bastidores da escravidão no Brasil a partir do ponto de vista das/dos escravizadas/os. Esta revisão de literatura apoia-se em teóricas e teóricos como Barros (2010), Candido (2011) e Ferreira (2011). Conclui-se que ler e reler Maria Firmina dos Reis nunca foi tão necessário como nos dias atuais, quando as dores do povo preto seguem muito parecidas à de outrora e com agravantes adicionados. Precisamos debater sobre elas, eliminando-as e quitando as onerosas dívidas históricas que temos para com os descendentes do enorme contingente africano que para o Brasil veio traficado por mais de trezentos anos.
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