OBSTETRIC VIOLENCE: CRIMINAL ASPECTS IN THE ABSENCE OF FEDERAL LEGISLATION REGULATING THIS THEME

UMA ANÁLISE À LUZ DO DIREITO PENAL BRASILEIRO ANTE A AUSÊNCIA DE LEI

Authors

  • Ana Camile Lopes Ferreira Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Keywords:

Criminal behavior, Criminal Law, Penal Legislation, Humanized childbirth, Birth plan

Abstract

This article aims to explore potential legal aspects present in cases of Obstetric Violence (OV) in the absence of federal legislation criminalizing such conduct. Additionally, it seeks to serve as an informational resource on OV for legal practitioners and society at large. To achieve this, the research employs a qualitative approach using descriptive methods through bibliographic review, data analysis, reports, legislation, and media coverage. The results obtained helped define OV, delineate its characteristics and categories, and identify the crimes related to obstetric violence within the Penal Code. Furthermore, two approaches were identified to mitigate this issue in the current obstetric scenario: the birth plan and the humanization of childbirth. These are crucial to prevent unnecessary procedures and ensure women's desires, dignity and autonomy are respected.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALMEIDA, Melissa. O toque vaginal como um procedimento impulsivo e o seu significado para as parturientes. 2021. 107 f. Relatório de estágio – Pós-Graduação em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto, Portugal, 2020. Disponível em: <https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/36034/1/Relatorio%20de%20Est%c3%a1gio_Melissa%20Almeida.pdf>. Acesso em: 27 set. 2023.

ANDRADE, Carolina; PIMENTEL, Thais. Brasil não tem lei federal que trate de violência obstétrica ou parto humanizado; maioria dos estados tem legislação sobre tema. G1, Belo Horizonte (MG). Disponível em: <https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2022/07/17/brasil-nao-tem-lei-federal-que-trate-de-violencia-obstetrica-ou-parto-humanizado-maioria-dos-estados-tem-legislacao-sobre-tema.ghtml#estados>. Acesso em: 1 nov. 2023.

ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Paris, França, (1789). Disponível em: <https://br.ambafrance.org/A-Declaracao-dos-Direitos-do-Homem-e-do-Cidadao>. Acesso em: 19 out. 2023.

BRASIL. Câmara dos Deputados. PL 422/2023 (Projeto de Lei). Dispõe sobre a violência obstétrica, e sobre o dever dos diversos Poderes dos entes da Federação de promover políticas públicas integradas para a sua prevenção e repressão, alterando a Lei n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2348308&fichaAmigavel=não>. Acesso em: 1 nov. 2023.

CARVALHO, Laetitia Cristina. Os efeitos da Manobra de Kristeller no segundo período de trabalho de parto. 2014. 92 f. Tese de mestrado. Pós-Graduação em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto, Portugal 2014.

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA (COREN/SC). Manobra de Kristeller. 2016. Disponível em: <https://www.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/Parecer-T%C3%A9cnico-001-2016-CT-Sa%C3%BAde-Mulher-Manobra-de-Kristeller.pdf>. Acesso em: 12 out. 2023.

DISTRITO FEDERAL. Lei n.º 6.144, de 07 de junho de 2018. Dispõe sobre a implantação de medidas de informação a mulheres grávidas e paridas sobre a política nacional de atenção obstétrica e neonatal, visando, principalmente, a proteção delas no cuidado da atenção obstétrica no Distrito Federal. Disponível em: <https://dflegis.df.gov.br/ato.php?p=lei-6144-de-07-de-junho-de-2018>. Acesso em: 19 out. 2023.

FARIAS, Mariana Maria Pereira Cintra et al. Análise da violência obstétrica pela mulher: vivência e reconhecimento de procedimentos obstétricos associados. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 2, p. 18425-18437, 2021. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/25122>. Acesso em: 27 set. 2023.

FREITAS, M. T. de et al. Os limites entre a episiotomia de rotina e a violência obstétrica. Revista Eletrônica Acervo Científico, v. 13, p. 4696, outubro 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.25248/reac.e4696.2020>. Acesso em: 12 out. 2023.

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO. Mulheres Brasileiras e Gênero nos espaços público e privado. 2010. Disponível em: <https://apublica.org/wpcontent/uploads/2013/03/www.fpa_.org_.br_sites_default_files_pesquisaintegra.pdf>. Acesso em: 27 set. 2023.

GOIÁS. Lei n.º 19.790, de 24 de Julho de 2017. Institui a Política Estadual de Prevenção à Violência Obstétrica no Estado de Goiás. Disponível em: <https://legisla.casacivil.go.gov.br/api/v2/pesquisa/legislacoes/99105/pdf>. Acesso em: 19 out. 2023.

GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: artigos 1º a 120 do código penal. v.1. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9786559774593. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559774593/>. Acesso em: 13 out. 2023.

HUNGRIA, Nélson. Comentários ao código penal. 7 ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 313, 1981.

LEAL, Maria do Carmo et al. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cadernos de saúde pública, v. 30, p. S17-S32, Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/csp/a/gydTTxDCwvmPqTw9gTWFgGd/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em 12 out. 2023.

___________________; GAMA, Silvana Granado Nogueira da. Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento. Rio de Janeiro: ENSP/Fiocruz, 2012. Disponível em: <https://nascernobrasil.ensp.fiocruz.br/?us_portfolio=nascer-no-brasil>. Acesso em 10 out. 2023.

MASSON, Cleber. Direito Penal: parte geral: arts. 1º a 120. Editora Método, São Paulo, 2020.

MATO GROSSO DO SUL. Lei n.º 5.217, de 26 de junho de 2018. Dispõe sobre a implantação de medidas de informação e de proteção à gestante e à parturiente contra a violência obstétrica no Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências. Disponível em: <https://www.spdo.ms.gov.br/diariodoe/Index/Download/DO9684_27_06_2018>. Acesso em: 19 out. 2023.

MINAS GERAIS. Lei n.º 23.175, de 21 de dezembro de 2018. Dispõe sobre a garantia de atendimento humanizado à gestante, à parturiente e à mulher em situação de abortamento, para prevenção da violência na assistência obstétrica no Estado. Disponível em: <https://www.almg.gov.br/legislacao-mineira/texto/LEI/23175/2018/>. Acesso em: 19 out. 2023.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Humanização do Parto: Humanização no Pré-natal e nascimento. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2002. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2023.

MORAES, Amanda Caroline Martins Machado de et al. Parto e ocitocina: a violência obstétrica caracterizada pela imprudência. Revista Remecs-Revista Multidisciplinar de Estudos Científicos em Saúde, v. 7, n. 12, p. 11-20, 2022. Disponível em: <http://www.revistaremecs.com.br/index.php/remecs/article/view/811/809>. Acesso em: 10 out. 2023.

NUCCI, Guilherme de S. Curso de Direito Penal: Parte Especial: Arts. 121 a 212 do Código Penal. v. 2. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9786559647217. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559647217/>. Acesso em: 18 out. 2023.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Assistência ao Parto Normal: um guia prático. Genebra: OMS, 1996. 54 p. Acesso em: 5 out. 2023.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS). Violência contra as mulheres. Nov, 2020. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topics/violence-against-women. Acesso em: 12 set. 2023.

PARANÁ. Lei n.º 19.701, de 20 de novembro de 2018. Dispõe sobre a violência obstétrica, sobre direitos da gestante e da parturiente e revoga a Lei n.º 19.207, de 1º de novembro de 2017, que trata da implantação de medidas de informação e proteção à gestante e à parturiente contra a violência obstétrica. Disponível em: <http://portal.assembleia.pr.leg.br/modules/mod_legislativo_arquivo/mod_legislativo_arquivo.php?leiCod=51636&tipo=L&tplei=0>. Acesso em: 19 out. 2023.

RODRIGUES, Rodrigo. ‘Olha aqui, toda arrebentada’: influencer Shantal diz que foi vítima de violência obstétrica de médico durante parto em SP. G1, São Paulo, 12 de dez. 2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/saopaulo/noticia/2021/12/12/olha-aqui-toda-arrebentada-influencer-shantal-dizque-foi-vitima-de-violencia-obstetrica-de-medico-durante-parto-em-sp.ghtml>. Acesso em: 18 out. 2023.

RONDÔNIA. Lei ordinária n.º 4.173, de 09 de novembro de 2017. Dispõe sobre a implantação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente contra a violência obstétrica, no estado de Rondônia. Disponível em: <https://sapl.al.ro.leg.br/norma/8159>. Acesso em: 19 out. 2023.

SANTA CATARINA. Lei Estadual n.º 18.322, de 5 de janeiro de 2022. Consolida as Leis que dispõem sobre Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. Disponível em: <http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2022/18322_2022_lei.html>. Acesso em: 19 out. 2023.

SANTOS, Lara Kretli dos. Violência obstétrica e a responsabilidade penal do profissional de saúde: análise da necessidade de tipificação criminal e do Projeto de Lei n.º 2.082/2022. 2023. Disponível em: <https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/36509>. Acesso em: 14 out. 2023.

SANTOS, Rafaela Ayanne Alves dos; MELO, Mônica Cecília Pimentel de; CRUZ, Daniel Dias. Trajetória de humanização do parto no Brasil a partir de uma revisão integrativa de literatura. Cadernos de Cultura e Ciência, v. 13, n. 2, p. 76-89, 2015. Disponível em: <http://periodicos.urca.br/ojs/index.php/cadernos/article/view/838>. Acesso em: 12 dez. 2023.

SÃO PAULO. Lei n.º 17.907 de 11 de janeiro de 2023. Dispõe sobre a realização da Semana de Conscientização sobre a Violência Obstétrica no Município de São Paulo, e dá outras providências. Disponível em: <https://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/lei-17907-de-11-de-janeiro-de-2023/consolidado>. Acesso em: 19 out. 2023.

SENADO FEDERAL. Violência Obstétrica: “Parirás com dor”. Disponível em: <https://www.senado.gov.br/comissoes/documentos/sscepi/doc%20vcm%20367.pdf>. Acesso em: 5 set. 2023.

SILVA, Wanessa Nathally de Santana. Plano de parto como instrumento das boas práticas no parto e nascimento: revisão integrativa. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29275/1/SILVA%2c%20Wanessa%20Nathally%20de%20Santana.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2023.

TOCANTINS. Lei n.º 3.385, de 27 de julho de 2018. Dispõe sobre a implementação de medidas de informação e proteção à gestante e parturiente contra a violência obstétrica no Estado do Tocantins. Disponível em: <https://www.al.to.leg.br/arquivos/lei_3385-2018_53238.PDF>. Acesso em: 19 out. 2023.

VENTURINI, Gustavo et al. Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado: uma década de mudanças na opinião pública. São Paulo: Fundação Perseu Abramo; Edições Sesc, 2010. Disponível em: <https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-content/uploads/sites/5/2017/05/pesquisaintegra_0.pdf>. Acesso em: 5 set. 2023.

ZANARDO, Gabriela Lemos de Pinho; URIBE, Magaly Calderón; NADAL, Ana Hertzog Ramos de; HABIGZANG, Luísa Fernanda. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia & Sociedade, v. 29, p. 1-11, 2017. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/psoc/a/J7CMV7LK79LJTnX9gFyWHNN/#>. Acesso em: 6 dez. 2023.

Published

2024-07-05

How to Cite

Lopes Ferreira, A. C. (2024). OBSTETRIC VIOLENCE: CRIMINAL ASPECTS IN THE ABSENCE OF FEDERAL LEGISLATION REGULATING THIS THEME: UMA ANÁLISE À LUZ DO DIREITO PENAL BRASILEIRO ANTE A AUSÊNCIA DE LEI. Revista Ratio Iuris, 3(1), 147–160. Retrieved from https://periodicos.ufpb.br/index.php/rri/article/view/69037