Sobre a motivação moderna de crítica à metafísica

Autores

  • Miguel Antonio do Nascimento universidade Federal da Paraíba - UFPB

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2016.28319

Palavras-chave:

Crítica à metafísica, Saber filosófico, Saber teorético

Resumo

Este artigo consiste em abordagem de cunho introdutório sobre a crítica à metafísica. Destacam-se elementos isolados do conteúdo de crítica à metafísica na modernidade e que tende a vir a ser desenvolvido na contemporaneidade. Com isso quer-se dizer que na passagem da modernidade para a contemporaneidade a filosofia acaba por incorporar o conteúdo de crítica à metafísica e evolui na direção de vir a reconhecer sua condição de ser metafísica e de empreender crítica a essa condição. Para estabelecer a abordagem do assunto procura-se aqui manter subjacente a ideia de crítica à metafísica no contexto da história da filosofia; mas é priorizado nisso o aspecto temático em vez de seu aspecto histórico. Busca-se mostrar que no processo de compreender a crítica à metafísica tem ocorrido de se tentar apartar do caráter de metafísico o caráter de teórico da ciência. Requer então indagar se é possível estabelecer marco de separação entre uma coisa e a outra. Em vez de separação opta-se aqui por investir no conhecimento da identidade da própria metafísica como saber filosófico; busca-se esclarecer que a pergunta pelo que é filosofia e a dificuldade de compreender o seu conteúdo é o que traz à tona a crítica à metafísica e a torna necessária, mas como modo de se compreender melhor o que é filosofia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Miguel Antonio do Nascimento, universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutor em Filosofia. Professor do Departamento de Filosofia da UFPB, membro permanente e Coord. do Programa de Pós-Graduação Integrado em Filosofia - Doutorado - PPGIF, pela UFPB-UFPE-UFRN.

Referências

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco (livro VI). Tradução de Lucas Angioni. (Dissertatio [34] 285 – 300 verão de 2011) http://unicamp.academia.edu/LucasAngioni (Em 21.02.2016).

______. Ética a Nicômacos. Tradução de Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, c1985, 1992, 3ª ed.

______. Metafísica. Tradução de Valentin G. Yebra. Madri: Editorial Gredos, 1987. (Edição em grego, latim e espanhol)

CASSIRER, Ernst. A filosofia do iluminismo. Tradução de Álvaro Cabral. Campinas: Editora da UNICAMP, 1994, 2ª ed.

CHÂTELET, François. O iluminismo (século XVIII). Tradução de Maria Hena Couto Lopes e Nina Cosntante Pereira. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1983. Coleção História da filosofia, idéias, doutrinas, nº4.

COMTE, Augusto. Curso de filosofia positiva. Tradução de J. A. Giannoti. São Paulo: Abril Cultural, 1979, (Coleção Os pensadores).

GADAMER, Hans-Georg. Filosofia ou teoria da ciência. A razão na época da ciência. Tradução Ângela Dias. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1983, p. 88-104.

HABERMAS, Jürgen. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Tradução de Flávio B. Sibeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.

HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. Tradução de Leonel Vallandro, São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Coleção Os pensadores).

KANT, Immanuel. Kritik der reinen Vernunft. Stuttgart: Reclam, 1993.

______. Prolegômenos. Textos seletos. Tradução Tânia Maria Bernkopf. São Paulo: Abril Cultural, 1980. (Coleção Os pensadores).

______. Textos seletos. Tradução de Raimundo Vier e Floriano de Sousa Fernandes. Petrópolis: Vozes, 1985, 2ª ed. (Edição bilíngue Alemão-Português)

______. REINER, Hans. O surgimento e o significado original do nome Metafísica. Sobre a metafísica de Aristóteles: textos selecionados. Coordenação de Marco Zingano. São Paulo: Odysseus Editora, 2009, pp. 93-122.

VATTIMO, Gianni. O fim da modernidade: niilismo e hermenêutica na cultura pós-moderna. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

Arquivos adicionais

Publicado

2016-04-21

Como Citar

do Nascimento, M. A. (2016). Sobre a motivação moderna de crítica à metafísica. Aufklärung: Journal of Philosophy, 3(1), p.23–36. https://doi.org/10.18012/arf.2016.28319