“Na minha família não”: culturas e investimentos em família, homossexualidade e cisheteropatriarcado
cultures and investments in family, homossexuality and cysheteropatriarchy
Mots-clés :
família, homossexualidade, cisheteropatriarcado, culturas, pânico moralRésumé
Acreditamos que as imagens nos educam e trazem intencionalidades. Ao analisarmos duas imagens veiculadas no Instagram, percebemos que setores conservadores vêm utilizando o artefato cultural com vista a normatizar e universalizar a concepção de família nuclear (heterossexual cisgênero, composta por pai, mãe e criança). Imagens que educam à desvalorização da diferença e levam à perpetuação e manutenção da cisheteropatriarcalidade. Ao considerarmos a cultura campo de disputas, negociações e resistências, as análises foram feitas ancoradas no campo teórico dos Estudos Culturais Pós-estruturalistas, uma vez que esse está direcionado a interrogar as redes de produção de significados nas sociedades. Nessa direção, reconhecer a pluralidade cultural e formular políticas para grupos subalternizados e marginalizados são elementos de enfrentamento e posicionamento frente a uma realidade que busca suprimir vidas e possibilidades de existências. Com as imagens analisadas observa-se as estratégias conservadoras de promoção do pânico moral que busca, dentre tantas intencionalidades, promover a família nuclear por meio da marginalização e violência a outros arranjos familiares.