Clarice Lispector tradutora de literatura infantojuvenil
Palavras-chave:
Tradução de Literatura Infantojuvenil, Voz da tradutora, Estudos com base em corporaResumo
Clarice Lispector desempenhou, entre outras funções, a de tradutora paralelamente às de escritora e jornalista. Embora seja na atualidade uma das escritoras brasileiras mais estudadas, impressiona a escassez de trabalhos acadêmicos acerca de sua atividade como tradutora. Neste sentido, este trabalho se propõe a colaborar com o tópico ao apresentar o percurso de Clarice Lispector como tradutora de literatura infantojuvenil, trazendo à baila especificidades da tradução do gênero em apreço, bem como aspectos relacionados à voz do tradutor e uma breve análise de corpus. Para realização deste trabalho, baseio-me nos pressupostos da voz do tradutor e presença discursiva do tradutor, de Baker (2000), Hermans (1996 a/b), O’Sullivan (2006) e Schiavi (1996) e estudos com base em corpora (Baker, 1993; 1995; 1996; 1999). O corpus que servirá como suporte para discutir a presença discursiva/voz da tradutora é composto pelas obras “The call of the wild / O chamado selvagem", de Jack London e “Gulliver’s travels / Viagens de Gulliver/”, de Jonathan Swift no par linguístico inglês/português.
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