Approaches between Fanon and Coetzee: colonial violence and depersonalization in Life and Times of Michael K and Waiting for the Barbarians

Authors

  • João Francisco Justino Lopes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Enilce do Carmo Albergaria Rocha Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2021v23n3.59813

Keywords:

Colonial violence, Despersonalization, Post-coloniality, Fanon, Coetzee

Abstract

This paper seeks to demonstrate how colonial violence generates a process of depersonalization in the characters of the novels Life and Times of Michael K (1984) and Waiting for the Barbarians (1999), by John Maxwell Coetzee, a South African writer and winner of the Nobel Prize in Literature. For this purpose, we start from the reflections of Frantz Fanon, psychiatrist, activist, and theorist who accurately diagnoses the effects of violence suffered by colonized peoples in his main works: Black Skin, White Masks (2008) and The Wretched of the Earth (2005). The novels analyzed in the paper portray the colonial violence present in South Africa during the apartheid regime, justifying, thus, the investigation of Coetzee’s fictional writing through Fanon’s anti-colonial thought. An approach to the novels that illustrates colonial violence in its different configurations is intended: physical/psychological violence, responsible for the imprisonment and torture of the colonized body; material violence, related to the usurpation of the colonized land by the colonizer; and cultural/symbolic violence, which dehumanizes the colonized, annihilating their identity. Finally, it brings a reflection on the forms of resistance presented in the novels. The liberation of the oppressed through violent conflict, a political action prescribed by Fanon, does not happen. For Coetzee's characters, all that remains is the capacity for resilience in front of colonial oppression.

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Author Biographies

João Francisco Justino Lopes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutorando em Letras: Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Enilce do Carmo Albergaria Rocha, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora do Programa de Pós Graduação em Letras: Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora. Doutora em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora das literaturas africanas de língua portuguesa e das literaturas do Caribe de língua francesa. Tradutora das seguintes obras publicadas pela Editora UFJF:  Introdução a uma poética da diversidade (2005) e O Pensamento do Tremor - La Cohée du Lamentin (2014), de Édouard Glissant; e Os Condenados da Terra (2005), de Frantz Fanon.

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Published

2021-12-16

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