From Cacau (1933) to São Jorge dos Ilhéus (1944): the memory of Jorge Amado’s literary criticism in the 20th century

Authors

  • José Otávio Monteiro Badaró Santos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia https://orcid.org/0000-0002-9756-5985
  • Marcello Moreira Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Keywords:

reception, memory, criticism, novel, Jorge Amado

Abstract

The article’s objective is to present the critical reception of the novels Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar morto (1936), Capitães da areia (1937), Terras do sem fim (1943) and São Jorge dos Ilhéus (1944), by the writer Jorge Amado, throughout the 20th century, in order to demonstrate how the hegemony of a certain sedimentation of meanings to the detriment of others took place. That means the critical reading that takes the writer's fictional production as a tributary of social reality, his literature being not only a mere reflextion of the structures of Bahian society in the first half of the 20th century but also of the novelist’s political and ideological conducts. Thus, through the notion of “memory of critical reception”, supported by the studies of the Aesthetics of Reception, by Hans Robert Jauss and Wolfgang Iser, we will consider the critical texts published in newspapers, supplements and literary journals, compendia, anthologies and histories of literature, as memory supports, that is, as a medium of eternization of meanings, values, judgments and uses of the writer’s aforementioned corpus, identifying in Brazilian criticism a romantic, naturalistic, realistic, and later, a Marxist tradition. The review allows us, for example, to identify the theoretical-critical framework used for the notorious rejection of Jorge Amado in the academy and the association of his work with the label of “minor literature”.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AMADO, Jorge. Cacau. São Paulo: Martins, 1971.

_____. Suor. São Paulo: Martins, 1971.

_____. Jubiabá. São Paulo: Martins, 1971.

_____. Mar morto. São Paulo: Martins, 1971.

_____. Capitães da areia. São Paulo: Martins, 1971.

_____. Terras do sem-fim. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

_____. São Jorge dos Ilhéus. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

AGUIAR, Joselia. Jorge Amado: uma biografia. São Paulo: Todavia, 2018.

ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação. Formas e transformações da memória cultural. Tradução de Paulo Soethe. Campinas, SP: EdUnicamp, 2011.

BADARÓ SANTOS, José Otávio; SANTOS, Oton Magno Santana dos; SOUZA, Mateus Santos. Literatura e representação: uma análise crítica de Cacau, de Jorge Amado. Letras raras. Campina Grande,PB, v. 9, p. 51-67 n. 2, maio 2020.

BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. Trad. Aurora Fornoni Bernadini, José Ferreira Júnior, Augusto Góes Júnior, Helena Spryndis Nazário, Homero Freitas de Andrade. São Paulo: EdUNESP, 1998.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.

BOURDIEU, Pierre. Coisas ditas. Trad. Cássia R. da Silveira e Denise Moreno Pegorim; revisão técnica Paula Montero. São Paulo: Brasiliense, 2004.

BRASIL, Assis. História crítica da literatura brasileira. O modernismo. Rio de Janeiro: Pallas, 1976.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.

____. A educação pela noite. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011.

_____. Poesia, documento e história. In: Jorge Amado: Povo e terra. 40 anos de literatura. São Paulo: Martins, 1972.

COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.

DUARTE, Eduardo de Assis. Jorge Amado: romance em tempo de utopia. Rio de Janeiro; São Paulo: Record, 1996.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Três romances. Suplemento Arte Literatura. Folha do Norte. Belém, PA, n. 104, 1948.

ISER, Wolfgang. O ato da leitura, vol. 1. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1996.

_____. O ato da leitura, vol. 2. Trad. Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1996.

_____. O fictício e o imaginário: perspectivas de uma antropologia literária. Trad. Johannes Kretschmer. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1996.

JAUSS, Hans Roberto. A história da literatura como provocação à teoria literária. Trad. Sérgio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994.

_____. A Estética da Recepção: colocações gerais. A literatura e o leitor: textos de estéticas da recepção. Trad. e org. Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

LIMA, Luiz Costa. A literatura e o leitor: textos de estéticas da recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

_____. Teoria da literatura em suas fontes, vol. 1 e 2 / seleção, introdução e revisão técnica, Luiz Costa Lima. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

LINS, Álvaro. Os mortos de sobrecasaca. Ensaios e estudos: 1940-1960. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1963.

MARTINS, José de Barros. Jorge Amado: 30 anos de literatura. São Paulo: Martins, 1961.

_____. Jorge Amado: Povo e terra. 40 anos de literatura. São Paulo: Martins, 1972.

MARTINS, Wilson. “Crise no romance brasileiro”. Suplemento Arte Literatura. Revista do Norte, Belém, PA. n. 38, p.1, 1947.

NINA, Cláudia. Literatura nos jornais: a crítica literária dos rodapés às resenhas. São Paulo: Summus, 2007.

SARTRE, Jean-Paul. Que é a literatura? Trad. de Carlos Felipe Moisés. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2015.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da literatura brasileira. São Paulo: DIFEL, 1982.

SUSSEKIND, Flora. Rodapés, tratados e ensaios: a formação da crítica brasileira moderna. Papéis colados. Rio de Janeiro: EdUFRJ, pp. 15-36, 2002.

Published

2022-12-06

Issue

Section

DOSSIÊ: OBSCURECIDOS, PRETERIDOS OU IGNORADOS NA LITERATURA BRASILEIRA MODERNA