AS VÁRIAS PEDRAS DO CAMINHO
ARNALDO ANTUNES COM CORA CORALINA, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE E JOÃO CABRAL DE MELO NETO
DOI :
https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2023v25n1.64106Mots-clés :
Poesia contemporânea , Anacronismo, Arnaldo Antunes, Pedra, PoesiaRésumé
O presente artigo tem como intuito analisar e apresentar uma leitura do tempo como anacronismo a partir do poema “pedra de pedra”, do poeta, compositor e artista visual paulista Arnaldo Antunes. Esse poema está inserido no livro Agora aqui ninguém precisa de si, que foi publicado em 2015. Nesse sentido, pretende-se destacar, em um primeiro momento, como esse poema, a partir do elemento “pedra”, apresentado nesse artigo como um dispositivo de leitura, dialoga com textos de épocas e autores distintos, a saber: Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto. Em um segundo momento, busca-se apresentar como a pedra se torna um elemento constituinte da cidade natal dos poetas em estudo. Para isso, escolheu-se analisar esses textos pelo viés anacrônico, isto é, não linear, visto que, esse conceito contribui para que possamos ler um texto atual observando nele característica de outros tempos. Sendo assim, utiliza-se como arcabouço teórico os livros: Diante do tempo: História da arte e anacronismo das imagens, de Georges Didi-Huberman (2015), O que é um dispositivo? (2005), de Giorgio Agamben; O que é o contemporâneo? e outros ensaios, de Giorgio Agamben (2009), Seis propostas para o próximo milênio, de Italo Calvino (1990), entre outros materiais.
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