UM ESTRANHO REMÉDIO CONTRA A LOUCURA:

A REALIDADE INVERTIDA E A DITADURA IRONIZADA EM SOMBRAS DE REIS BARBUDOS, DE JOSÉ J. VEIGA

Auteurs

  • Manfred Rommel Pontes Viana Mourão Universidade Federal do Ceará
  • Maria de Jesus Castro de Oliveira Universidade de Brasília

DOI :

https://doi.org/10.5281/zenodo.10382716

Mots-clés :

Littérature fantastique. Ironie. Réalité socio-historique. Dictature. José J. Veiga.

Résumé

Cet article vise à étudier les catégories Littérature fantastique et ironie dans l’œuvre Sombras de Reis Barbudos (1972), de José J. Veiga, et son implication pour l’écriture de la fiction brésilienne contemporaine dans la période de la Dictature militaire (1964-1985). Nous partons des conceptions du Fantastique contemporain, par David Roas (2014), pour établir la relation entre les réalités socio-historiques et fictionnelles des mondes fantastiques. Ensuite, nous étudions le récit de Veiga, en soulignant comment le narrateur et le personnage cherchent à déconstruire la vraisemblance néoréaliste, en utilisant, pour cela, les ressources fantastiques/absurdes. Enfin, à travers la conceptualisation de l’ironie, nous montrons la négation des significations présentes dans cette satire du régime militaire et de l’appareil idéologique d’État, en soulignant comment la lecture d’une œuvre de fiction révèle une relation entre la réalité historique, la fiction et l’allégorie. Notre base théorique se fonde sur les études de Roas (2014) et Gemes (2022) sur la littérature fantastique et les œuvres veigueanas; Dalcastagnè (1996), Santiago (2002), Silverman (1995) et Althusser (1998) sur la littérature d’après 1964 et les appareils idéologiques et répressifs ; et Hutcheon (2000), entre autres, sur l’ironie.

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Biographie de l'auteur

Maria de Jesus Castro de Oliveira, Universidade de Brasília

Doutora em Literatura e Práticas Sociais pela UNB; bolsista Fundação de Aparo à Pesquisa do estado do Amazonas- FAPEAM. Endereço eletrônico: majesuscastro@hotmail.com.

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Publiée

2023-12-19

Numéro

Rubrique

DOSSIÊ: A LITERATURA SOBRE AS DITADURAS NO CONE SUL