ADAPTAR, ADEQUAR, DIFERENCIAR
reflexões a partir das políticas curriculares para o público-alvo da Educação Especial
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2019v12n3.40581Palavras-chave:
Currículo, Adaptação, Adequação e diferenciação curricularResumo
O presente artigo tem como objetivo investigar como no conjunto de documentos que estamos nomeando como políticas curriculares, especialmente cinco textos curriculares criados pós Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, em 2008, vêm evidenciando movimentos curriculares como adaptação, adequação ou diferenciação curricular como formas de inclusão do público-alvo da Educação Especial. O desenvolvimento metodológico deste trabalho deu-se por meio de pesquisa documental, investigando-se alguns dos textos políticos se referem a estes movimentos e que advogam na defesa de um determinado termo como processo de inclusão. Esta pesquisa fez parte do projeto intitulado “Escolarização de alunos com deficiência intelectual: políticas públicas, processos cognitivos e avaliação da aprendizagem” que procurou investigar as formas de escolarização dos alunos com deficiência intelectual inseridos na sala de aula regular e no Atendimento Educacional Especializado. Essa discussão, portanto, é um aprofundamento de questões curriculares presentes no projeto. A análise das políticas curriculares realizadas neste artigo identificou que poucas são as evidências dos movimentos curriculares de adaptação, flexibilização e/ou diferenciação curricular como possibilidades para a inclusão dos alunos público-alvo da Educação Especial. De acordo com a leitura atenta, por meio das políticas curriculares pesquisadas, os tipos de movimentos curriculares aqui conceituados não são representados como formas efetivas de possibilidade de trabalho pedagógico para o público-alvo da Educação Especial.
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