O encantamento da pedagogia freireana
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2023v32n1.60866Palavras-chave:
Paulo Freire. Educação. Práxis. Encantamento.Resumo
Neste trabalho refletimos sobre as experiências de Paulo Freire, socializadas nos livros “Cartas a Cristina: reflexões sobre a minha vida e minha práxis” e “Medo e ousadia: o cotidiano do professor”, que evidenciam as bases constituintes do encantamento da pedagogia freireana. A história de Paulo Freire com a educação é digna de ser refletida, pois a sua práxis o levou a idealizar uma educação popular que objetivava conscientizar as pessoas, especialmente as classes sociais oprimidas e excluídas, com vistas a emancipação social, cultural e política, o que por si só já é um indício da sua crença no poder libertador da educação. A partir da leitura destas obras, usaremos como metodologia para analisar as suas experiências, a pentadimensionalidade de González (2008) com foco nas cinco dimensões (metodológica, epistemológica, ontológica, axiológica e teleológica) propostas por ele. Além de Freire (2008, 2019 e 2021), estudiosos do patrono da educação brasileira como Haddad (2019) e Gadotti (2011), somam a esta reflexão. Este estudo nos mostrou que a vida e as experiências de Freire reforçam as bases constituintes de suas ideias e, a partir delas, após um tratamento crítico, deu a sua pedagogia o reconhecimento político e epistemológico, evidenciando seu encantamento.
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Referências
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