UMA REVISÃO SOBRE A EDUCAÇÃO PRISIONAL NO BRASIL: O QUE (NÃO) HÁ SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2022v31n1.62093

Palavras-chave:

Educação de adultos privados de liberdade, Educação em espaços de privação de liberdade, Ensino de Ciências

Resumo

Este trabalho buscou compreender de que modo as pesquisas atuais apresentam a temática da educação prisional, especificamente no que se refere ao ensino de Ciências. Os dados foram obtidos no Portal de Periódicos e Catálogos de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no período de 2011 a 2020, e nas edições do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC) e Encontro Nacional de Ensino de Química (ENEQ) de 2012 a 2020. Para a análise de dados, utilizou-se a análise de conteúdo. A literatura consultada aponta que a educação nos presídios divide espaço com a sua subordinação à disciplina. Por outro lado, é inegável a funcionalidade da escola no espaço prisional, uma vez que não só permite ao encarcerado adquirir conhecimento formal e ter acesso a algum grau de escolaridade, como, também, tem importante papel na vida do professor que atua nesse contexto. Isso pode proporcionar ao sujeito encarcerado vivências daquela realidade e a efetividade do processo educativo em prisões, podendo trazer uma experiência significativa para a formação de professores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisa Prestes Massena, Universidade Estadual de Santa Cruz, Brasil.

Doutora em educação pela Universidade Federal do rio de Janeiro. Professora Adjunta do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz.

Referências

APPLE, Michael Whitman. A educação pode mudar a sociedade. Tradução de Lílian Loman. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2017.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 9.394, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Casa Civil, 1996 L9394 (planalto.gov.br). Acesso em 19.11.21.

______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: Promulgada em 5 de outubro de 1988: atualizada até a Emenda Constitucional nº 99, de 14-12-2017.

CAMPOS, Aline; ROSA, Camila Simões. Rodas de conversas em prisões. Revista Temas em Educação. João Pessoa, Brasil, v. 29, n.2, p. 249-267, maio/jul., 2020.

CAVALCANTE, Elisângela Caldas Braga; DE ARAÚJO GASTAL, Maria Luiza. Ensino de Biologia na Educação Prisional e a exibição de documentário, filme de curta e longa metragem. In: VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (VIII ENPEC), 2011, Campinas. Anais. Campinas: UNICAMP. 2011.

LEITE, Rosana Franzen. A Perspectiva da Análise de Conteúdo na Pesquisa Qualitativa: Algumas Considerações. Revista Pesquisa Qualitativa, v.5, n.9, p. 539-551, dez 2017.

MELLO, Fábio Mansano de; ALVES, Ana Elizabeth Santos. A educação nas prisões como técnica de controle do carcerário: algumas considerações. In: SANTOS, Arlete Ramos; OLIVEIRA, Júlia Maria da Silva, COELHO, Lívia Andrade (Orgs). Educação e sua diversidade [online]. Ilhéus, BA: EDITUS, 2017, pp. 145-156.

ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano. Educação Escolar na Prisão: O Olhar de Alunos e Professores. Jundiaí, Paco Editorial: 2014.

SOUZA, Carolina Maciel; ONOFRE, Elenice Maria Cammarosano. Desafios de uma professora de educação física na medida socioeducativa de internação. Reflexão e Ação, v. 27, n. 2, p. 166-181, mai./ago. 2019.

UMPIERREZ, Anália. Traços de uma proposta educacional e artística nas prisões. Revista Temas em Educação, v.29, n.2, p. 228-248, fev/jul., 2020.

Downloads

Publicado

2022-04-05

Como Citar

CORDEIRO COSTA, J.; MASSENA, E. P. UMA REVISÃO SOBRE A EDUCAÇÃO PRISIONAL NO BRASIL: O QUE (NÃO) HÁ SOBRE O ENSINO DE CIÊNCIAS. Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 77–94, 2022. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2022v31n1.62093. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rteo/article/view/62093. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

ARTIGO DE REVISÃO