Políticas públicas de educação para mulheres privadas de liberdade:
o impacto do contexto pandêmico
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2023v32n1.64462Palavras-chave:
Educação popular., Políticas públicas., Presídios femininos.Resumo
Este artigo se propôs a discutir o conceito de educação popular apontando a relevância da educação para pessoas privadas de liberdade, na perspectiva da pedagogia da libertação, ou seja, na construção de uma sociedade inclusiva, democrática, comprometida com a conscientização dos oprimidos, alicerçada em práticas pedagógicas emancipatórias e libertadoras. Identifica as políticas públicas de educação que estão em ação nas penitenciárias femininas da Paraíba, e constrói reflexões sobre as dinâmicas que estão sendo implementadas. A orientação metodológica que norteou a pesquisa é qualitativa, documental e exploratória, tendo como suporte procedimental entrevista e análise hermenêutica dialética. A base teórica contemplou, dentre outros: Lovisolo (1990); Freire (2011); Ireland (2011); Castillo e Latapí (1985) e Pontual (2006). Despontou-se no estudo o impacto da pandemia nas práticas pedagógicas. No que se refere à oferta de educação em prisões, concluiu-se que não é monopólio do Estado, sendo uma demanda que abrange a sociedade civil. Embora faltem dados, relatos e experiências, é relevante destacar que cabe a diferentes instituições e sujeitos sociais a oferta de educação para mulheres e homens privados de liberdade, sendo ações que se consolidam como práticas de uma sociedade democrática.
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