“Todo peixe no mar come e é comido”: o discurso do sujeito coletivo sobre o uso de iscas pelos pescadores artesanais marinhos de Recife (Pernambuco, Brasil)
Palavras-chave:
Conhecimento Ecológico Local, Iscas naturais, Pesca de anzol, Pesca de lagostaResumo
O conhecimento sobre o uso de iscas é embasado no Conhecimento Ecológico Local do pescador e é de grande valor adaptativo para eles como um predador. O presente trabalho visou descrever o uso de iscas pelos pescadores artesanais marinhos de Recife cadastrados na Colônia Z1, no Bairro de Brasília Teimosa. As informações foram obtidas por meio de questionários semiestruturados de fevereiro de 2010 a maio de 2011 e os dados foram analisados através da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Foram entrevistados 98 pescadores, dos quais 79,0% dependem exclusivamente da pesca. O uso de isca foi citado para as pescarias de peixe com anzol e na pescaria de lagosta. Na pesca de anzol, o pescado mais citado utilizado como isca foi o garapau Selar crumenophthalmus (24,4%). Foi relatado o uso de estratégias diferenciadas na obtenção e uso das iscas, os fatores ambientais que influenciam nestes processos e medida adotada para aumentar a eficiência pesqueira. Na pesca da lagosta foi citado o uso preferencial de iscas mortas, como couro de porco e pedaços de peixes. Entretanto, mesmo com todo este conhecimento, às vezes os pescadores pescam sem estratégia porque o ambiente não responde como esperado. O conhecimento sobre o uso de iscas é um dos fatores que contribui para o sucesso da produção pesqueira, sendo este de extrema importância para ser considerado na criação de normas regulatórias, facilitando no planejamento e cogestão dos recursos pesqueiros.Downloads
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Publicado
2014-12-29
Como Citar
MARIZ, D.; SOUZA, A. C. F. F. de; TEIXEIRA, S. F.; CAMPOS, S. S.; LUCENA, R. F. P. de; ALVES, R. R. da N. “Todo peixe no mar come e é comido”: o discurso do sujeito coletivo sobre o uso de iscas pelos pescadores artesanais marinhos de Recife (Pernambuco, Brasil). Gaia Scientia, [S. l.], v. 8, n. 2, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/gaia/article/view/22420. Acesso em: 19 dez. 2024.
Edição
Seção
Ciências Ambientais