A comunidade na Religião consumada hegeliana a partir dos conceitos Ubuntu e Amor

Autores

  • Álvaro Veloso Bô Universidade Licungo/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v9iesp.62071

Palavras-chave:

Comunidade, Bantu, Amor, Intersubjetividade, Reconciliação

Resumo

O presente artigo intitulado, A comunidade na Religião Consumada Hegeliana a partir dos conceitos de Ubuntu e Amor, tem como objetivo compreender como Ser humano (munthu) participa da comunidade sub égide do Espírito. Esse Espírito para Hegel é a comunidade; é a consciência de Deus que existe e se realiza na relação entre Deus-Pai e Deus-Filho. O cerne para apreensão dos costumes e instituições do ser humano Bantu é a unidade da vida com a comunidade cujo mediador é o Espírito (muzimu); isso, se associa a um princípio único nos munthu - a participação. De forma ontológica o Bantu se encontra em união vital e intersubjetiva com os antepassados, os vivos e aqueles que estão por nascer na comunidade, que desemboca em uma prática religiosa. Os Bantus têm a noção de Espírito absoluto em primeiro plano; o manancial e a plenitude de vida. Por isso, a vida é o maior dom. Os antepassados receberam-na de um Ser absoluto, para a comunicar e defendê-la na comunidade. O Espírito sendo dinâmico impregna todo universo, na base do amor e reconciliação que acontece numa relação intersubjetiva, de modo real.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Álvaro Veloso Bô, Universidade Licungo/Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutorando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, no Programa de Programa de Pós-Graduação em Filosofia e docente da Universidade Licungo – Moçambique, da Faculdade de Letras e Humanidades.

Referências

AAVV, A Bíblia de Jerusalém, Editora Paulus, São Paulo, 1985.

ALTUNA, Pé. Raul Ruiz de Asúa. Cultura Tradicional Bantu, Portugal, 2ª edição, Editora Paulinas, 2014.

FEUERBACH, Ludwig. A Essência do Cristianismo, Trad. José da Silva Brandão, Rio de Janeiro-Petrópolis, Editora Vozes, 2007.

HEGEL, G. W. F., Filosofía de la religión, traducción Ricardo Ferrara, Madrid, Editorial Trotta, S.A., 2018

HEGEL, G. W. F. Enciclopédia das ciências filosóficas em epítome. Vol. 1 – A Ciência da Lógica. Trad. Paulo Menezes. São Paulo: Edições Loyola. 2005.

HEGEL, G. W. F. Fé e Saber, Trad. Oliver Tolle, São Paulo, Editora Hedra, 2007.

HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo Meneses, são Paulo, Vol, único, 2ª Edição, Editora Vozes, 2003.

LOUW, Dirk. “Ser por meio dos outros: o ubuntu como cuidado e partilha”, In Revista do Instituto Humanitas Unisinos, Edição 353, ano X, de 06 de dezembro de 2010.

LO.UW, Dirk Ubuntu: uma avaliação africana do outro religioso, África do Sul, Universidade do Norte, Paideia, 1997, Pp. 1-11.

MARTINEZ, Francisco Lerma. Religiões Africanas hoje: Introdução ao estudo das Religiões Tradicionais em Moçambique, 3ª Edição, Maputo, Editora Paulinas, 2009.

NOGUERA, Renato. Ubuntu como modo de Existir: Elementos gerais para uma ética afroperspectivista, Rio de Janeiro, Revista da ABPN, vol. 3, nº. 6, fev. 2012, p. 147-150

RABUSKE, Edvino. Antropologia Filosófica: um estudo sistemático, Petropolis, 8ª Edição, Editora Vozes, 2001.

RAMOSE, Mogobe B. A Filosofia do Ubuntu e Ubuntu como uma Filosofia, In: African Philosophy through Ubuntu. Tradução de Arnaldo Vasconcellos. Harare: Mond Books, 1999, Pp. 49-66. Artigo acessado em https://www. Scielo.br no dia 01.12.2020.

TUTU, Desmond. Deus não é cristão: e outras provocações. Trad. Lilian Jankino, Rio de Janeiro, Editora Thomas Nelson Brasil, 2012.

VAZ, Henrique Claudio Lima. Antropologia Filosófica I, São Paulo, Editora Loyola, 1991.

Arquivos adicionais

Publicado

2022-04-03

Como Citar

Bô, Álvaro V. (2022). A comunidade na Religião consumada hegeliana a partir dos conceitos Ubuntu e Amor. Aufklärung: Journal of Philosophy, 9(esp), p.45–54. https://doi.org/10.18012/arf.v9iesp.62071