EXPERIÊNCIAS DE SUJEIÇÃO CRIMINAL DE JOVENS EGRESSOS DA FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO DE PERNAMBUCO (FUNASE/PE): um olhar interseccional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n31.67597.p45-69

Palavras-chave:

interseccionalidade, juventudes em conflito com a lei, sujeição criminal , sistema socioeducativo.

Resumo

Neste artigo, é proposta uma abordagem interseccional para analisar a experiência de jovens egressos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) que enfrentam a criminalização. O foco central deste estudo reside na investigação do papel que categorias como raça e classe social desempenham na criminalização e incriminação desses ex-socioeducandos da FUNASE, bem como esses fatores afetam suas vulnerabilidades. As análises das narrativas apresentadas baseiam-se em entrevistas em profundidade realizadas com jovens egressos do sistema socioeducativo de Pernambuco, fruto da minha dissertação de mestrado (SILVA, 2022). A abordagem interseccional permitiu o reconhecimento das desigualdades estruturais que moldam a incriminação desses jovens, contribuindo para a perpetuação de estereótipos e preconceitos, ajudando, assim,  a compreender a complexidade e interconexão dos sistemas de opressão presentes na sujeição criminal. As observações realizadas demonstram como as complexas interações entre identidades e opressões influenciam a experiência de sujeição criminal, destacando questões, como estigmatização, obstáculos na reintegração social, dificuldades no acesso a oportunidades e direitos.

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Biografia do Autor

Elãine dos Santos Dias da Silva, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutoranda e mestra em sociologia pelo Programa de Pós-graduação em Sociologia da UFPB (PPGS/UFPB) (bolsa CAPES), bacharela em ciências sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e licencianda em ciências sociais pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Lattes.

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Publicado

2023-12-11