ANALISE ESPACIAL E MAPEAMENTO DA OCORRÊNCIA DE CORAIS NOS RECIFES DE PICÃOZINHO, JOÃO PESSOA-PB, COMPARATIVO ENTRE 2001 E 2015/2016.

Autores

  • Maria Cecilia Silva Souza Universidade federal da Paraiba
  • Pedro Guedes Costa Vianna UFPB
  • Karina Massei PRODEMA
  • Raoni da Costa Lima Prodema
  • Christinne Costa Eloy Prodema

Palavras-chave:

Recifes de Corais, Mapeamento e modelo de monitoramento.

Resumo

Os ecossistemas recifais estão distribuídos em mais de 100 países, sendo reconhecidos como uma das comunidades naturais com maior biodiversidade do Planeta. O litoral do nordeste brasileiro destaca-se por sua exuberância natural, evidenciada principalmente por seus ambientes recifais, atraindo turistas do Brasil e de outros países. Entre os nove estados do Nordeste brasileiro, a Paraíba possui como um grande atrativo os seus ambientes recifais, destacando-se a sua capital João Pessoa, pela grande extensão de recifes de fácil acesso, localizados próximos à costa em suas praias urbanas. Picãozinho, recife costeiro localizado na praia de Tambaú, reune todas essas características, resultando em uma área de fluxo intenso de turismo, o que alerta para a importância de estudos sobre o seu estado de conservação. Este artigo descreve uma análise quantitativa dos corais de Picãozinho comparando dados de 2001 (Costa 2001), com um novo mapeamento realizado entre novembro de 2015 e janeiro de 2016, que objetiva avaliar o ambiente quanto a sua real situação, a partir da distribuição das espécies de corais. Este é o primeiro passo para a criação de uma base de dados espaciais dos ambientes recifais, montados em uma plataforma SIG, viabilizando as condições mínimas para o seu monitoramento. A flexibilidade da metodologia de analise espacial aplicada permite correções e um controle mais eficiente sobre a espacialização das espécies. Isso possibilita que um novo olhar seja posto sobre o ambiente em busca de uma manutenção dos diferentes tipos de corais, além das outras espécies que possuem ligação direta com o ambiente recifal. Os resultados apontam para uma diminuição das espécies quanto à sua diversidade e distribuição nas áreas de intensa visitação. Estes dados nos levam não apenas a refletir sobre o aspecto ambiental, mas também levantam a necessidade de se analisar as questões sociais, econômicas e políticas, para chegarmos no futuro a um modelo de monitoramento e uso que vise a conservação e a sustentabilidade dos recifes do Picãozinho.

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Biografia do Autor

Maria Cecilia Silva Souza, Universidade federal da Paraiba

Graduada em geografia pela Universidade Federal da Paraíba Estudante de mestrado em geografia pelo PPGG.

Pedro Guedes Costa Vianna, UFPB

Geógrafo pela UFRJ (1980), Mestre em Geografia - Conservação e Preservação de Recursos Naturais pela UFSC (1994), Doutor em Geografia Física pela USP (2002). Pós-doutorado na Université du Maine - Le Mans-França (2009-2010). Por 19 anos foi geógrafo do organismo de gestão de águas do Estado do Paraná - atual Instituto Águas Paraná. Atualmente é professor da Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Tem experiência na área de Gestão dos Recursos Hídricos, com ênfase em Planejamento Integrado dos Recursos Hídricos, Conflitos pela água, Águas subterrâneas, Uso de SIG para gestão de recursos hídricos, Planejamento de bacias hidrográficas, Gestão de água em assentamentos rurais. Membro fundador do GEPAT - Grupo de Estudos e Pesquisa em Água e Territótrio. Leciona Disciplina de CARTOGRAFIA e de Recursos Hídricos Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG (Mestrado e Doutorado) e do PRODEMA ambos na UFPB. Professor Visitante na Université du Maine - França - 2014.

Karina Massei, PRODEMA

Doutoranda no Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba (PRODEMA/UFPB). Mestre em Estudos Marinhos em Ambientes Costeiros (EMAC/Universidade do Algarve,PT). Graduada em Ciências Biológicas com Ênfase em Biologia Marinha (UNISANTA/SP). Presidente do Conselho Gestor e Gestora da Unidade de Conservação "Parque Estadual Marinho Areia Vermelha", Coordenadora de Educação Ambiental da Superintendência de Administração do Meio Ambiente no Estado da Paraíba SUDEMA. Especialista em Educação Ambiental (SENAC/PB). Consultora do Aquário Paraíba. Trabalhou no Atlantis The Palm (Dubai) como Gerente da Área Dolphin Bay. Trabalhou no Zoomarine Itália SpA como Diretora Zoológica e ocupou o cargo de Vice-Diretora dos Recursos Naturais e Curadora da Área Zoológica e Científica, no Mundo Aquático Parques Oceanográficos de Entretenimento Educativo, SA (Zoomarine, PT) tendo experiência em consultoria em parques zoológicos nas áreas envolvidas com manejo e condicionamento operante baseado em reforço positivo com espécies exóticas, na organização e gestão de equipes, fluente em inglês, italiano e espanhol, certificada em formação para formadores e em mergulho avançado.

Raoni da Costa Lima, Prodema

possui graduação em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (2013) . Atualmente é aluno de mestrado do PRODEMA da Universidade Federal da Paraíba.

Christinne Costa Eloy, Prodema

mestre em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal da Paraíba e doutoranda no Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFPB). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB/Campus Cabedelo), onde leciona Ecologia. Atualmente coordena o Projeto "Educação ambiental como instrumento de gestão ambiental no Parque Estadual Marinho de Areia Vernelha (PEMAV)". Tem interesse nas áreas de Zoologia, Ecologia, Conservação de ecossistemas marinhos e costeiros, Gestão costeira, Recifes de Corais, Ecoturismo e Fotografia.

Referências

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Publicado

2016-12-19

Como Citar

SOUZA, M. C. S.; VIANNA, P. G. C.; MASSEI, K.; LIMA, R. da C.; ELOY, C. C. ANALISE ESPACIAL E MAPEAMENTO DA OCORRÊNCIA DE CORAIS NOS RECIFES DE PICÃOZINHO, JOÃO PESSOA-PB, COMPARATIVO ENTRE 2001 E 2015/2016. Gaia Scientia, [S. l.], v. 10, n. 4, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/30609. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências Ambientais