Estratégias de resistência em Lives of girls and women de Alice Munro

Autores

  • Maria da Conceição Monteiro

Resumo

Na narrativa de Alice Munro, o desenvolvimento da subjetividade feminina se manifesta pela insaciável necessidade da protagonista no sentido de inventar e reinventar personagens para si própria, algumas idealizadas e imaginárias, outras criadas como forma de resistência aos modelos tradicionais de comportamentos e atitudes reservados tradicionalmente para as mulheres. Este ensaio objetiva apontar como a construção das personagens, através da fantasia, tanto pode ser vista como forma de fugir das restrições convencionais, como ser usada para garantir o espaço interno necessário para refazer imagens do ser e para renegociar as conexões entre o eu e o mundo externo. Trata-se, pois, de um discurso oblíquo, carregado de segredos, silêncios e sublimações. Essas estratégias de evasão tornaram-se recursos literários poderosos para as escritoras, à medida que lhes permite expressar sentimentos tradicionalmente proibidos às mulheres. A leitura que se propõe se apoia em pressupostos das teorias feministas e pós-modernas, dialogando com conceitos da corrente neogótica, de modo a focalizar a colisão entre discursos de sujeição e de resistência.

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Publicado

01.01.2005

Edição

Seção

Artigos do Dossiê