A língua como sistema de signos: Saussure e seu trabalho com a produção de sentidos

Autores

  • Mônica Nóbrega

Resumo

Não é difícil encontrar autores que dizem que Saussure, através de seus estudos, faz a escolha do signo contra o sentido. É o caso, por exemplo, de François Dosse (1993), no livro “História do estruturalismo”. Entretanto, desde a publicação dos primeiros manuscritos, por Godel, em 1957, estudiosos debruçam-se sob manuscritos do mestre da lingüística e de anotações de aulas de alguns de seus alunos, rediscutindo questões primordiais para a lingüística, entre elas a perspectiva de um trabalho com o sentido em Saussure e a necessidade do estudo do sistema lingüístico enquanto ponto nuclear para onde convergem todas as outras noções saussurianas, inclusive a de signo lingüístico e suas características. É, portanto, baseado nesses estudos e no Curso de Lingüística Geral, que nosso artigo discutirá dois pontos teóricos que constituem a base para a compreensão da escolha do mestre genebrino pelo sentido, a saber: a escolha do sistema enquanto ponto de partida (contra a idéia da escolha pelo signo) e o funcionamento deste sistema através da noção de valor, enquanto sistema que produz sentidos.

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Publicado

01.01.2004

Edição

Seção

Artigos do Dossiê