INSPIRAÇÃO, ARTE DO IMPROVISO E ELABORAÇÃO ARTÍSTICA:

REFLEXÕES A PARTIR DA ESTÉTICA DE HEGEL

Autores

  • Gilfranco Lucena dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v14i2.67880

Palavras-chave:

Poesia, Inspiração, Improvisação, Elaboração Artística, Hegel

Resumo

O presente artigo tem por objetivo desenvolver uma compreensão filosófica do papel da inspiração na elaboração artística a partir da concepção estabelecida por F. Hegel em seu Curso de Estética. Para tanto, toma-se aqui como paradigma de composição inspirada e elaboração artística a arte de improviso, típica do trabalho poético de artistas populares brasileiros, uma vez que o próprio Hegel toma a arte de improviso italiana como exemplar ideal para sua análise. Levando em conta as posições estabelecidas, de um lado, por Carlos Drummond de Andrade, para quem a inspiração assume um papel fundamental na experiência de elaboração poética, e, de outro lado, por João Cabral de Melo Neto, para quem, na poesia moderna trata-se muito mais de transpiração do que de inspiração, procuraremos mostrar como no pensamento hegeliano podemos notar que a inspiração e o trabalho da arte são ambos decisivos na criação artística. Mostraremos como essa síntese encontra-se perfeitamente desenvolvida na Poesia Popular de Improviso.

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Referências

HEGEL, G. W. Friedrich. Cursos de Estética. Volume 1, trad. Marco Aurélio Werle. São Paulo: EDUSP, 2015.

MELO NETO, João Cabral de. Poesia e Composição: A inspiração e o trabalho da arte. Coimbra: Angelus Novus, 2003.

MONTEIRO, Ângelo. A supra-individualidade da Poesia e um novo conceito de inspiração. Revista Perspectiva Filosófica, v. I, n. 27, p. 57-62, jan./jun., 2007.

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Publicado

31-08-2023

Edição

Seção

Dossiê especial – ESTÉTICA E EXISTÊNCIA: FILOSOFIA E ARTE