SER POLICIAL MILITAR NO NORTE DE GOIÁS: HISTÓRIA E PRÁTICAS COTIDIANAS (1934-1964)

Autores

  • Mariseti Cristina Soares Lunckes

Resumo

Neste artigo apresentamos a história e as práticas cotidianas dos policiais militares de baixa patente da 4ª Companhia Isolada de Polícia Militar de Pedro Afonso, situada no norte do estado de Goiás no período de 1934 a 1964. Os homens que eram engajados na polícia militar eram jovens, solteiros, analfabetos, pardos e sem profissão definida, oriundos de outros Estados do Brasil, que buscavam na instituição policial os meios de sobrevivência cotidiana. Nos sertões, além da polícia, para esses homens restavam o garimpo, o trabalho no eito, a lide de barqueiro, remeiro, ou o serviço de proteção aos fazendeiros, pegando em armas. Diante das poucas opções, a polícia era uma escolha contingencial diante da falta de oportunidades e de reconhecimento. Ao serem engajados na polícia militar goiana precisavam se afirmar como autoridade. Neste contexto, vivenciavam o dilema entre os deveres impostos pela farda no processo de formação e instrução, legitimado pela hierarquia militar, obediência e disciplina, e os atributos dos homens comuns, como sua condição de macho, valente e corajoso que frequenta bares e prostíbulos. Estes homens precisavam ser transformados em policiais ideais. Entender e analisar as práticas cotidianas desse universo de homens dentro de uma instituição de controle social pressupõe dar visibilidade aos sujeitos e suas ações que necessariamente não seguem os padrões impostos por autoridades ou instituições.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

SOARES LUNCKES, M. C. SER POLICIAL MILITAR NO NORTE DE GOIÁS: HISTÓRIA E PRÁTICAS COTIDIANAS (1934-1964). Saeculum, [S. l.], n. 27, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/16436. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: História e Práticas Cotidianas