A GUARDA CÍVICA DO RECIFE: A UTOPIA DE UMA FORÇA POLICIAL GUIADA PELA CORTESIA NAS DÉCADAS FINAIS DO BRASIL IMPÉRIO (1876-1889)
Palavras-chave:
Guarda Cívica, Policiamento, Recife Oitocentista.Resumo
Este artigo estuda a formação e a atuação da Guarda Cívica do Recife, uma força policial criada em 1876, cuja premissa era a de conciliar energia e cortesia no policiamento da capital pernambucana. Mesmo sem seguir rigidamente o que se convencionou chamar de teoria do controle social, este artigo trabalha com a perspectiva de que a polícia ocupa um lugar na estrutura social, e agindo de acordo com as expectativas, impõe os valores sociais dominantes, quer pela persuasão quer pelo uso da força. Escudado por trabalhos de sociólogos e historiadores da polícia (Monkkonen, Bayley, Skolnick, Vanagunas, Reiner, Bittner, Holloway, Bretas) ele discute a eficácia do trabalho da Guarda Cívica no período em tela. A pesquisa foi realizada basicamente a partir da leitura e análise de documentos pertencentes aos arquivos de centros de pesquisa das Universidades de Chicago e da Flórida – disponíveis na internet – e da leitura de uma bibliografia específica sobre o tema abordado. Os resultados obtidos nos mostram as limitações da referida instituição em relação ao controle do crime e as incongruências do seu utópico desenho institucional de força policial que, em meio a uma sociedade escravista, deveria agir com cortesia no trato com os suspeitos e criminosos.Downloads
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Publicado
2015-12-31
Como Citar
SILVA, W. B. A GUARDA CÍVICA DO RECIFE: A UTOPIA DE UMA FORÇA POLICIAL GUIADA PELA CORTESIA NAS DÉCADAS FINAIS DO BRASIL IMPÉRIO (1876-1889). Saeculum, [S. l.], n. 33, p. 129–144, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/27718. Acesso em: 5 nov. 2024.
Edição
Seção
Dossiê