SERTÃO PROLETÁRIO: POBREZA, PATERNALISMO E TRABALHO NO CEARÁ OITOCENTISTA
Palavras-chave:
Sertanejos Pobres, Proteção Paternalista, Precarização do Trabalho.Resumo
Este artigo trata das transformações no cenário da pobreza do sertão cearense, enfocando as relações entre proprietários rurais e trabalhadores. Partindo de uma tentativa fracassada de um grupo de sertanejos em cultivar macaxeiras nas terras de um proprietário na serra de Baturité, durante a seca de 1878 (caso que figurou num processo criminal movido pelos próprios agricultores), problematiza as expectativas dos pobres quanto à proteção paternalista diante das circunstâncias históricas no transcurso do século XIX. Porém, a cada momento em que as mudanças atreladas ao processo de hegemonização da agricultura comercial tocavam os modos de vida das camadas subalternas esses laços paternalistas tendiam a ser questionados. Algumas evidências do ponto de vista dos próprios sertanejos, encontradas em processos criminais, na documentação oficial e em registros de viajantes e memorialistas, sugerem a circulação das populações pobres num campo simbólico em que a ordem paternalista era por vezes confirmada, por vezes desafiada, quando a precarização das relações de trabalho e dependência desencadeava resistências e conflitos.Downloads
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Publicado
2015-12-31
Como Citar
CANDIDO, T. A. P. SERTÃO PROLETÁRIO: POBREZA, PATERNALISMO E TRABALHO NO CEARÁ OITOCENTISTA. Saeculum, [S. l.], n. 33, p. 163–182, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/srh/article/view/27721. Acesso em: 5 nov. 2024.
Edição
Seção
Dossiê