Ensinar história em tempos de pós-verdade: o que está em jogo?
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n45.61677Palavras-chave:
ensino de história, Pós-verdade, Conhecimento HistóricoResumo
O presente artigo reúne um conjunto de reflexões sobre a perda do protagonismo da ciência, da docência, da universidade, da história, da escola, e como esse reposicionamento está ligado a um comportamento atrelado ao conceito de pós-verdade. O conhecimento histórico é abordado, sua natureza e o processo de socialização, ao mesmo tempo que é problematizado o declínio da ciência na sociedade atual e o impacto desse processo no nosso campo científico/laboral, chamando a atenção para como os(as) pesquisadores(as) discutem em seus trabalhos essas questões, buscando explicar os possíveis efeitos pedagógicos de um negacionismo do conhecimento histórico na forma como crianças, adolescentes, adultos e idosos aprendem. No intuito de refletir sobre os efeitos políticos dessa pós-verdade e os usos políticos do presente, passado e futuro nas salas de aula e nas redes sociais, este artigo abre e apresenta o dossiê “A escrita da história em disputa: os desafios do tempo presente para a prática da pesquisa e do ensino em História”, que discute as estratégias desenvolvidas no campo da história para enfrentar o avanço do revisionismo e da negação do status de ciência, o processo de incorporação de novos objetos e perspectivas nos livros e matérias didáticos de história, as estratégias de difusão do conhecimento histórico (dissertações, teses e monografias) e o papel das aulas de história na formação intelectual dos mais diferentes sujeitos, no contexto das fake news.
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