RESISTIR AOS CONHECIMENTOS CRISTALIZADOS PARA PRODUZIR OUTRAMENTOS NO CURRÍCULO
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13n1.50417Palavras-chave:
Currículo, Resistência, Outramento, HomossexualidadeResumo
Neste texto, inspirados na perspectiva pós-crítica de currículo e em autoras/es pós-estruturalistas, buscamos explorar o funcionamento do currículo do grupo LGBTQI+ Resistência pela democracia, organizado no Facebook. Considerando a trama discursiva desse currículo e suas relações de saber-poder em torno das homossexualidades, mostramos que há uma convocação para pensar de outra forma para se tornar um sujeito, outro de si mesmo. Mobilizamos os ditos curriculares para evidenciar que há um investimento no outramento, na insistência do questionamento, sendo essa a dinâmica mais comum a esse currículo, ou seja, apostar muito mais nas perguntas que nas respostas, como uma forma de problematização, de levar os sujeitos a pensar e a agir de outra forma. Assim, o argumento principal desenvolvido no artigo é que as resistências, nesse currículo, acontecem quando se pode interpelar e mover o pensamento para conhecer de outra forma aquilo que já está posto, dado e na ordem do verdadeiro, o que, como efeito, possibilita o outramento. Dizemos então que nesse currículo não apenas se produz formas de conhecimento que implicam na demanda por um certo tipo de sujeito, mas, imediatamente, importa que esse sujeito esteja disposto a desconhecer.
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