EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA GLOBAL
desafios para a BNCC e formação docente
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1983-1579.2020v13nEspecial.54368Palavras-chave:
Currículo, BNCC, BNC-Formação, Cidadania Global, Ensino SuperiorResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar e debater o conceito de cidadania global. Nossa problemática central é refletir sobre as possibilidades para a construção da Educação para Cidadania Global (ECG) no contexto brasileiro, estabelecendo uma relação com os debates curriculares, notadamente aqueles que dizem respeito à Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Além disso, para colocar em cena os contextos de formação, apresentaremos um estudo exploratório realizado com estudantes do ensino superior, de diferentes instituições do Brasil, cujo objetivo foi conhecer o que os estudantes pensam sobre o processo de educação para a cidadania global. O conceito de educação para a cidadania global aparece com destaque na agenda educacional de 2030 e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (UNESCO, 2015), de forma que a implementação da ECG perpasse todos os níveis do sistema educacional. Se essa ideia aparece na continuidade das orientações promovidas por organizações internacionais, é, no entanto contestada e difícil de operar nos sistemas nacionais de educação. Para além do que está presente nos documentos oficiais é fundamental problematizar como os currículos praticados nos cursos das áreas já mencionadas contribuem (ou não) para a compreensão do que seja cidadania global, com possibilidades de construção e ressignificação do conceito de cidadania, visando ampliá-lo, desde uma perspectiva crítica, englobando aspectos que perpassam pela superação da intolerância e construção de um pensamento global mais solidário.
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