MEMÓRIAS CRIANCEIRAS: INFÂNCIA PANTANEIRA EM MEADOS DO SÉCULO XX

GROWING AS A CHILD ON THE PANTANAL AMIDST THE 20th CENTURY

Autores

  • Rogerio Zaim de Melo Universidade Federal do Mato Grosso Sul (UFMS)
  • Alcides José Scaglia Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-7003.2022v31n1.62408

Palavras-chave:

Pantanal, Jogos e brincadeiras;, infância

Resumo

Inspirado na poesia de Manoel de Barros, o presente artigo tem como objetivos: identificar jogos, brinquedos e brincadeiras realizados por crianças pantaneiras dos meados do Sec. XX e apontar os espaços nos quais essas crianças brincavam. Realizou-se uma pesquisa qualitativa tendo como instrumento de pesquisa a narrativa e a memória oral. Participaram da pesquisa 37 pessoas nascidas entre 1940 a 1970. Os dados analisados indicam que os jogos e brincadeiras realizados são jogos tradicionais, tendo a rua e a natureza como espaços para a sua realização.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rogerio Zaim de Melo, Universidade Federal do Mato Grosso Sul (UFMS)

Mestre em Educação Física pela USP e Doutorado em Ciências Humanas, Educação pela PUC-Rio - Docente do curso de Educação Física da Universidade Federal do Mato Grosso Sul (UFMS),. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Cultura Lúdica, Circo, Educação Física e Esporte (CLUCIEFE). Coordena o Grupo de Atividades Circenses Los Pantaneiros. Concentra suas pesquisas nas relações entre o Circo e Educação Física, e a Cultura Lúdica e Educação Física

Alcides José Scaglia, Unicamp

Mestre em Pedagogia do Esporte pela Universidade Estadual de Campinas doutor em Pedagogia do Movimento pela Universidade Estadual de Campinas - professor associado (M.S.5.1) na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA-UNICAMP) no curso de Ciências do Esporte da UNICAMP, corresponsável pelas pesquisas do LEPE (Laboratório de Estudos em Pedagogia do Esporte), líder do grupo de pesquisa LEPE-FUT. Docente pleno no programa de pós-graduação, mestrado e doutorado da Faculdade de Educação Física (FEF) da UNICAMP

Referências

ALVES, Julian Márcio dos Santos; ZAIM-DE-MELO, Rogério; RIZZO, Deyvid Tenner de Souza. Uma pipa no céu, uma criança correndo, a brincadeira mais popular de Corumbá, MS. Lúdica pedagógica, Bogotá, Colômbia, v. 2, n.30, pp. 43-49, 2019.

BARROS, Manoel Memórias inventadas: a Infância. São Paulo: Planeta, 2003.

BAUMAN, Zygmund. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BENJAMIN, Walter. O narrador. In: Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

BERGER, Peter. O riso redentor. Petrópolis: Vozes, 2017.

BRITO, Sílvia Helena Andrade de; ARRUDA, Odineia de Oliveira. A proposta da Escola Oratório Salesiana: o caso da Cidade Dom Bosco (Corumbá, Mato Grosso, 1957-1973). EccoS, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 115-134, 2007.

BROUGÈRE, Gilles. A criança e a cultura lúdica. Revista da Faculdade de Educação da USP. v. 24, n. 2, São Paulo, 1998. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-25551998000200007 Acesso em 10 fev. 2022.

CANO, Maria Aparecida Tedeschi. SILVA, Crisley Aparecida. SILVA, Tânia Aparecida Villas Boas. Brincando de casinha: o trabalho doméstico, familiar ou não, de crianças e adolescentes do sexo feminino na cidade de Franca – SP. Investigação, Franca, SP, v.6, n.1, p.71-77, 2006.

CARNEIRO, Kleber Tuxson. Por uma memória do jogo. Curitiba, PR: Appris, 2017.

CARNEIRO, Kleber Tuxen et al. Memórias lúdicas: um tesouro escondido. Lecturas Educación Física y Deportes, Buenos Aires, v. 22, p. 1-22, 2018. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efdeportes/index.php/EFDeportes/article/view/94/86 Acesso em 23 fev. 2022.

ENDE, Michael. História sem fim. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FABIANI, Débora Jaqueline Farias; SCAGLIA, Alcides José. Aprendizagens da/na cultura lúdica: possibilidades e potencialidades do jogo nos contextos informais. Brazilian Journal of Policy and Development, v. 3, p. 79-95, 2021.

FABIANI, Débora Jaqueline Farias; SCAGLIA, Alcides José. A pedagogia do jogo: ensino, vivência e aprendizagem do brincar na educação não formal, Corpoconsciência, Cuiabá, MT, v. 24, p. 103-117, 2020.

FABIANI, Débora Jaqueline Farias; SCAGLIA, Alcides José. O inventário da cultura lúdica: os espaços, os materiais e os jogos desenvolvidos pelas crianças no horário livre. Ludicamente, Buenos Aires, v. 14, p. 1-22, 2018.

ESPINOSA, Baruche. Ética. São Paulo: Nova Cultural, 2000.

FREIRE, João Batista. O jogo: entre o riso e o choro. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

FREIRE, João Batista. “A pedagogia da vida, do mundo, da rua”. In: SILVA, Elizaldo Inaldo; SILVA, Peterson Amaro da Silva. A cultura e a pedagogia da rua nas aulas de Educação Física escolar: implicações para a prática docente. 1ed.São Paulo: Alexa Cultural, 2021, v. 1, p. 33-45.

GADAMER, Hans Georg. Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 4 ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

GODOY, Luis Bruno et al. Reflexões sobre o brincar na sociedade contemporânea. Revista Lúdicamente, Buenos Aires, vol. 10, n. 20, pp. 45-56.

GRILLO, Rogério de Melo; SANTOS RODRIGUES, Gilson; NAVARRO, Eloisa Rosotti. Cultura Lúdica: uma revisão conceitual à luz das ideias dos intelectuais dos estudos de jogo, cultura de jogo e cultura do lúdico. Arquivos em movimento, v.15, n.2, p.174-93, 2019.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens. 9ª Ed. São Paulo: Pesrpectiva, 2019.

IBGE. Censo demográfico: 1950. Rio de Janeiro, RJ. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/67/cd_1950_v29_mt.pdf Acesso em: 15 fev. 22

KISHIMOTO, Tizuko Morshida. Introdução a obra Brincadeiras para crianças de todo o mundo In: Brincadeiras para crianças de todo o mundo. São Paulo: Alluci & Associados, (2007).

KISHIMOTO, Tizuko Morshida. Jogos tradicionais infantis: o jogo, a criança e a educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.

LOPES, Jader Janer Moreira; VASCONCELLOS, Tânia de. Geografia da infância: territorialidades infantis. Currículo sem fronteiras, v. 6, n.1, pp. 103-127, 2006.

MUYLAERT, Camila Junqueira et al. Entrevistas narrativas: um importante recurso em pesquisa qualitativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, Ribeirão Preto, v. 2, n. 48, p. 193-199, 2014

PEDRONI, Fabiana. Chronos e Kairós: determinações poéticas para o tempo vivido. Revista do Colóquio, v. 3, n. 6, p. 245–254, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/7724. Acesso em: 16 fev. 2022.

SARMENTO, M. J. Imaginário e culturas da infância. Texto produzido no âmbito das atividades do Projeto “As marcas dos tempos: a interculturalidade nas culturas da infância”, Projeto POCTI/CED/2002.

SCAGLIA, Alcides José.; FABIANI, Débora Jaqueline Farias; GODOY, Luís Bruno. Dos jogos tradicionais às técnicas corporais: um estudo a partir das relações entre jogo e cultura lúdica. Corpoconsciência, Cuiabá, MT, v. 24, p. 187-207, 2020.

SCAGLIA, Alcides José. Jogo: um sistema complexo. In: VENÂNCIO, Silvana; FREIRE, João Batista. (Org.). O jogo dentro e fora da escola. Autores Associados, 2005.

SCAGLIA, Alcides José. O futebol e as brincadeiras de bola: a família dos jogos de bola com os pés. São Paulo: Editora Phorte, 2011.

SCAGLIA, Alcides José et al. Pedagogia do jogo: bases conceituais e epistemológicas. In: SILVA, Elizaldo Inaldo; SILVA, Peterson Amaro da Silva. A cultura e a pedagogia da rua nas aulas de Educação Física escolar: implicações para a prática docente. 1ed.São Paulo: Alexa Cultural, 2021, v. 1, p. 47-74.

SILVA, Alberto Nídio Jogos, brinquedos e brincadeiras: trajectos intergeracionais. 2014. Tese (Doutorado) – Doutorado em estudos da criança, Universidade do Minho, Braga, Portugal, 2014

SOARES, Íris Costa et al. Os direitos das crianças cantado e contado. Cenas Educacionais, v. 5, p. e12038, 2022. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/12038 Acesso em: 16 fev. 2022.

SUITS, Bernard. A cigarra filosófica: a vida é um jogo? Lisboa: Gradiva, 2017.

SUTTON-SMITH, Brian. A ambiguidade da brincadeira. Petrópolis: Vozes, 2017.

THOMPSON, Paul. A voz do passado. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

ZAIM-DE-MELO, Rogério. Jogar e brincar de crianças pantaneiras: um estudo em uma “Escola das Águas”. 2017. 141 f. Tese (Doutorado) Educação, Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

ZAIM-DE-MELO, Rogério; DUARTE, Rosália Maria; SAMBUGARI, Márcia Regina do Nascimento. Jogar e brincar de crianças pantaneiras: um estudo em uma “escola das águas”. Pro-Posições, Campinas, SP, v. 31, p. e20180052, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pp/a/YLRh3r9fW3Djr5z7mNvQsHz/?lang=pt&format=html# Acesso em: 22 fev. 2022.

Downloads

Publicado

2022-04-05

Como Citar

ZAIM DE MELO, R.; SCAGLIA, A. J. MEMÓRIAS CRIANCEIRAS: INFÂNCIA PANTANEIRA EM MEADOS DO SÉCULO XX: GROWING AS A CHILD ON THE PANTANAL AMIDST THE 20th CENTURY. Revista Temas em Educação, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 41–60, 2022. DOI: 10.22478/ufpb.2359-7003.2022v31n1.62408. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rteo/article/view/62408. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

v. 31 n. 1 (2022): RTE (jan. - abr.)

Seção

RELATOS DE PESQUISA

Licença

Copyright (c) 2022 Revista Temas em Educação

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).