Flora nativa comercializada como recurso medicinal em Parnaíba, Piauí, Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2021v15n1.50041Resumo
As plantas nativas comercializadas em mercados públicos são empregadas como alimentícias, ritualísticas e medicinais, colaborando na renda mensal de permissionários. No entanto, a comercialização destas poderá estimular grandes atividades de coleta dos recursos naturais. Diante desse panorama, objetivou-se identificar como e quais plantas nativas medicinais estão sendo comercializadas nos Mercados Públicos da cidade de Parnaíba, Piauí. Foram aplicados formulários semiestruturados aos 34 permissionários. As plantas foram coletadas e incorporadas ao Herbário Graziela Barroso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí. Utilizou-se o Fator de Consenso do Informante, Importância Relativa, e o Índice de Similaridade de Jaccard para análise dos dados. Registrou-se um total de 46 espécies nativas, distribuídas em 29 famílias. A família mais representativa foi Fabaceae, e as partes mais comercializadas foram cascas e folhas. As plantas arbóreas foram predominantes e os chás destacaram-se. Os sistemas corporais mais citados foram: Sinais e sintomas em gerais e Doenças do aparelho respiratório. A espécie Myracrodruon urundeuva Allemão foi a mais citada. A inserção dos permissionários em programas de educação sanitária é um importante aspecto a ser considerado pelo poder público, destinado à orientação dos comerciantes quanto à adoção de medidas adequadas em saúde, meio-ambiente, manuseio e armazenamento das espécies.
Palavras-chave: Conhecimento tradicional. Etnobotânica urbana. Mercados públicos.
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- 2021-05-03 (3)
- 2021-04-15 (1)