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A “Mulher de dois tempos” e representações de gênero na comunidade quilombola do Ariramba

Autores

  • Luciana Gonçalves de Carvalho Ufopa
  • Laiane Katrine Castro

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1807-8214.2020v30n1.55096

Palavras-chave:

Mulher, Narrativas de vida, Relações de gênero, Comunidade quilombola

Resumo

A partir da trajetória de vida de uma quilombola reconhecida na comunidade em que vive como "mulher-homem" e "mulher de dois tempos", este trabalho teve por objetivo analisar as representações elaboradas acerca das relações de gênero entre famílias que executam atividades agroextrativistas como meio de vida. O local de estudo é a comunidade remanescente de quilombo do Ariramba, situada na fronteira entre Óbidos e Oriximiná, no oeste do Pará. As narrativas de vida registradas junto à mulher constituem a principal fonte da pesquisa, que também envolveu a observação direta de suas atividades diárias e entrevistas com outros moradores. O papel da mulher nessa comunidade é o de ser esposa, mãe, dona de casa e, em sua maioria, ajudante do marido nas tarefas da roça. No caso de Josélia, nota-se que é no trabalho cotidiano com objetos naturais e culturais no ambiente em que vive (árvores, peixes, espingardas, plantas, e enxadas, entre outros) praticando “afazeres masculinos” que se define a condição de seu reconhecimento como "mulher de dois tempos". Nesta posição ambivalente, destacam-se os fluxos que ela realiza entre diversos espaços sociais ocupados por homens e mulheres, revelando as fronteiras e passagens entre eles.

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Publicado

2020-12-22

Versões

Como Citar

GONÇALVES DE CARVALHO, L.; CASTRO, L. K. A “Mulher de dois tempos” e representações de gênero na comunidade quilombola do Ariramba. Revista Ártemis, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 73–96, 2020. DOI: 10.22478/ufpb.1807-8214.2020v30n1.55096. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/55096. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Mulheres e Cidades