Mulheres em Marcha: o Canto das Margaridas que não cessam de lutar

Autores

  • Simone Teles da Silva Santos Universidade do Estado da Bahia - UNEB https://orcid.org/0000-0002-7016-1163
  • Anna Christina Freire Barbosa Universidade do Estado da Bahia
  • Carlos Alberto Batista dos Santos Universidade do Estado da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1887-8214.2024v38n1.71690

Palavras-chave:

Feminismo popular camponês, Manifestações, Resistência, Políticas públicas

Resumo

Este artigo aborda o “Canto das Margaridas”, entoado na 7ª Marcha das Margaridas de 2023, importante movimento de mulheres trabalhadoras rurais no Brasil. Ao longo dos anos, essas marchas se consolidaram como fundamental meio de expressar demandas relacionadas a gênero, terra, trabalho e justiça socioambiental. O movimento busca promover condições mais justas para as mulheres rurais, ampliando suas causas com o uso das músicas e dos gritos de alerta. Analisa-se o “Canto das Margaridas” como uma forma de denunciar questões e desafios enfrentados pelas participantes em sua busca por uma sociedade mais equitativa e sustentável. Para isso, utiliza-se uma abordagem qualitativa, e fundamentados nos aportes de Pêcheux e Maingueneau recorreu-se a análise do discurso dos versos entoados. Para enriquecer essa análise, o artigo dialoga com teóricas como Bell Hooks, Angela Davis, Judith Butler, além de Franz Fanon e Paulo Freire. Essas perspectivas teóricas fornecem uma base crítica para compreender as interseções entre gênero, raça, classe e colonialismo, assim como as pedagogias emancipadoras e críticas que informam a luta das mulheres trabalhadoras rurais nas marchas. A análise destaca a luta por políticas públicas agrárias, com ênfase na questão de gênero, ressaltando sua relevância nas discussões realizadas no Congresso Brasileiro em 2023.

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Biografia do Autor

Simone Teles da Silva Santos, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Doutoranda em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental pela Universidade do Estado da Bahia -UNEB. Mestra em Educação e Contemporaneidade pelo programa de pós-graduação - (PPGEduC) da Universidade do Estado da Bahia UNEB. Especialização em Inovação Social com ênfase em Economia Solidária e Agroecologia. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia. DCHT/ XVII Bom Jesus da Lapa/BA. Possui formação técnica em informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia IFBaiano, Campus Bom Jesus da Lapa-BA. É Integrante dos Grupos: de Estudos e Pesquisa Educação Ambiental, Políticas Públicas e Gestão Social dos Territórios / GEPET, Grupo de Estudo Teoria Social e Projeto Político Pedagógico / TSPPP, Grupo de Pesquisa em Gestão, Educação Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social / GECTIS, e do Grupo de Estudos em Etnobiologia e Conservação dos Recursos Naturais da Universidade do Estado da Bahia - (UNEB).

Anna Christina Freire Barbosa, Universidade do Estado da Bahia

Licenciada em Ciências Sociais, Especialista em Políticas Públicas e Gestão de Serviços Sociais pela UFPE, Mestre em Economia pela UFC, Mestre em Sociologia pela UFPE, Doutora em Ciências Sociais pela UFRN, atua como Professora Adjunta na Universidade do Estado da Bahia e na Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina/PE. Coordenadora e Professora do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial (PPGADT); Professora do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socio Ambiental(PPGECOH). Líder do grupo de pesquisa Direito e Sociedade, está vinculada a linha de pesquisa Desigualdades sociais e contextos de produção de direitos. Atuou como Membro do Comitê de Iniciação Científica da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) no período de 22/01/2019 a 31/12/2023 na área de CIÊNCIAS HUMANAS.No momento desenvolve pesquisas nas áreas de Cultura, Desenvolvimento Econômico, Estudos de Gênero e Sociologia Jurídica. Tem interesse em Teoria Sociológica e Sociologia da Arte.

Carlos Alberto Batista dos Santos, Universidade do Estado da Bahia

Biólogo/Etnobiólogo, Mestre em Zoologia (UESC), Doutor em Etnobiologia e Conservação da Natureza (UFRPE), Atua na área de Zoologia, Conservação da Biodiversidade, Etnozoologia e Etnoecologia. Professor da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Socioambiental DTCS/UNEB (http://www.ppgecoh.uneb.br/). Lider do Grupo de Pesquisa em Etnobiologia e Conservação dos Recursos Naturais (UNEB)(https://grupodepesquisaetnobiologia.wordpress.com/), Pesquisador do OPARÁ: Centro de Pesquisas em Etnicidades, Movimentos Sociais e Educação (UNEB) (https://www.oparauneb.com/). Google acadêmico (https://scholar.google.com.br/citations?user=eNOVStEAAAAJ&hl=pt-BR), Research Gate: https://www.researchgate.net/profile/Carlos-Santos-116, Academia Edu: (https://independent.academia.edu/carlosalbertobatistasantos).

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Publicado

2024-12-18

Como Citar

TELES DA SILVA SANTOS, S.; FREIRE BARBOSA, A. C. .; BATISTA DOS SANTOS, C. A. . Mulheres em Marcha: o Canto das Margaridas que não cessam de lutar. Revista Ártemis, [S. l.], v. 38, n. 1, p. 124–141, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.1887-8214.2024v38n1.71690. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/artemis/article/view/71690. Acesso em: 19 dez. 2024.