Coleta e conservação ex situ de cactáceas nativas do estado do Ceará
Palavras-chave:
Cactaceae, conservação ex situ, coleta de germoplasmaResumo
Apesar de o Brasil possuir alta diversidade de cactos, o conhecimento da família na região Nordeste ainda tem lacunas de coleta e dos locais de ocorrência das espécies. Esse é o caso do Estado do Ceará, uma das regiões menos conhecidas para Cactaceae no Brasil. A Embrapa Agroindústria Tropical realizou três coletas no Estado entre os anos de 2004 e 2011, possibilitando o estabelecimento de uma coleção de germoplasma. De 25 taxons nativos do Ceará, as expedições realizadas pela Embrapa possibilitaram a coleta de 20 dessas espécies, sendo uma endêmica: Pilosocereus chrysostele subsp. cearensis. A primeira coleta foi realizada com para resgatar as plantas na área da implantação do açude Castanhão. A segunda ocorreu no município de Monsenhor Tabosa. Com essas duas coletas foram introduzidas, na coleção de cactáceas da Embrapa Agroindústria Tropical, oito espécies da família. Uma terceira coleta foi realizada como parte de ação do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Espécies de Cactáceas Ameaçadas, ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Esta expedição, a mais longa realizada até então, ocorreu entre 18 e 27 de janeiro de 2011. A partir desta coleta o número de táxons da família Cactaceae da Coleção da Embrapa, passou de oito para vinte, evento de suma importância para o maior conhecimento taxonômico e da ocorrência das espécies nativas do Ceará, bem como para a conservação das mesmas. Nesta última expedição duas espécies inusitadas, Discocactus zehntneri subsp. zehntneri e Melocactus oreas subsp. oreas foram registradas e coletadas, tendo sido o primeiro registro dessas espécies no Estado do Ceará.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2015-12-29
Como Citar
COELHO, P. J. A.; FUCK JÚNIOR, S. C. F.; NASCIMENTO, E. Coleta e conservação ex situ de cactáceas nativas do estado do Ceará. Gaia Scientia, [S. l.], v. 9, n. 2, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/27227. Acesso em: 19 dez. 2024.
Edição
Seção
Ciências Ambientais