Reflexões sobre o disforme e o grotesco em “Bárbara”, conto de Murilo Rubião
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2021v23n1.57602Palavras-chave:
Bárbara, Conto, Grotesco, Riso, CorpoResumo
O presente artigo tem como propósito realizar uma leitura do conto “Bárbara”, do escritor mineiro Murilo Rubião, destacando o motivo do grotesco expresso na imagem monstruosa do corpo da personagem central, bem como o riso como traço ligado ao grotesco e ao sentimento de angústia. Nesse sentido, nos embasamos em pensamentos de Bakhtin (1987), Hugo (2010), Kayser (2013), Connelly (2015) e Thomson (2019) principalmente em conceitos imbricados na abordagem analítica do conto. Na leitura pretendida, buscamos mostrar como a ficção muriliana se apropria de metáforas que potencializam o grotesco, especialmente no que se refere a representação do feminino. Desse modo, nosso interesse maior volta-se para aspectos ligados à construção da imagem da protagonista. Sob tal perspectiva, buscamos analisar as metáforas ligadas a construção do corpo da personagem e seus sentidos simbólicos dentro do constructo do enredo, mostrando, sobretudo como tais elementos culminam para a configuração do riso grotesco. Por fim, podemos dizer que “Bárbara” é um conto que nos permite refletir sobre problemáticas significativas do contexto atual como, por exemplo, a imagem do corpo grotesco na literatura, o riso de horror, o disforme e a ironia sobre o padrão social de corpo imposto a mulher, assim como sua posição nas esferas particular e pública.
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Referências
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