O rapto do riso em O Romance do pavão misterioso
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2021v23n1.57947Palavras-chave:
Literatura Fantástica, Literatura Popular, Poesia, Metamorfose do riso, Romance do pavão misteriosoResumo
A busca por um conceito, definição ou características têm promovido grande parte dos estudos literários, ao longo de uma tradição que se mescla pela contemporaneidade, de modo que não se olhe, contundentemente, apenas pelos vieses da adjetivação, uma vez que simplificaria a subjetividade da literatura, tornando sua linguagem comum, no que se assemelha a outras linguagens não poéticas nem figurativas. Dessa forma, o objetivo principal deste artigo é analisar o riso, que se metamorfoseia ao longo do poema “O Romance do Pavão Misterioso”, de José Camelo de Melo Rezende, multifacetando-se pelo tom trágico legado pela épica grega, compreendido na obra pelo aspecto geográfico e interditos que contradizem o risível como característica primeira do cômico. A articulação teórico-crítica permitiu realizar a leitura da obra, em interface à (de)formação do humor, pelas dualidades e/ou antagônicas proposições ora presentes da narrativa fantástica. Nessa perspectiva, o reforço teórico é oriundo das premissas iniciais de Tzvetan Todorov (2017) à Literatura Fantástica, Vladímir Propp (2002) até as considerações recentes de David Roas (2014). Ainda nesse contexto, vale ressaltar o estudo proposto por George Desmeules (1997), que destaca a ambivalência da categoria a ser analisada. Em linhas conclusivas, pretende-se aproximar o humor e o fantástico que se mostram pelos reversos e deslocamentos, nos quais alteram os sentidos do riso.
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Referências
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