Olhares cruzados sobre recepção e tradução literária
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1516-1536.2022v24n1.62096Palavras-chave:
Estudos descritivos da tradução, teoria do polissistema, Escola de manipulação, recepção culturalResumo
Este trabalho concentra-se nas teorias da tradução literária que se fundamentam nas ciências literárias. Tomaszkiewicz recorda que a teoria da recepção ou estética da recepção elaborada por H. R. Jauss e W. Iser, denominada igualmente como Escola de Constança, ocupa-se, nos finais dos anos 1960, da recepção de textos literários. Ao mesmo tempo, a teoria dos polissistemas, proposta por Even Zohar e Gideon Toury, se desenvolve nos Estudos da Tradução. Trata-se de uma importante iniciativa, pois, até então, a tradução era frequentemente considerada como uma atividade de natureza puramente linguística passando, então, a ser entendida como uma decantação cultural em que a recepção desempenha um papel crucial. A inclusão do receptor nos Estudos da Tradução não apenas está legitimada teoricamente, mas também ocupa o primeiro plano de interesse em que o receptor se integra, obrigatoriamente, na cadeia comunicativa. O tradutor desempenha, ao mesmo tempo, o papel de receptor e de emissor, convertendo-se no primeiro receptor do texto original e emissor do texto traduzido. Este artigo aborda os principais avanços dos Estudos da Tradução Literária a partir do século XX, incluindo a teoria dos polissistemas, os Estudos Descritivos da Tradução, o conceito de normas, além da Escola de Manipulação.
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