A lírica shakespeariana em tradução: The rape of Lucrece em português brasileiro

Autores

Palavras-chave:

William Shakespeare, The rape of Lucrece, Estudos descritivos da tradução, poesia traduzida, tradutores brasileiros

Resumo

O presente artigo enfoca as três traduções brasileiras do poema narrativo The Rape of Lucrece (1594), de William Shakespeare, realizadas por Oscar Mendes (José Aguilar, 1969), Elvio Funck (Movimento, 2020) e Leonardo Afonso (2022, ainda inédita). Serão apresentados e discutidos os respectivos projetos tradutórios bem como os perfis dos tradutores, em uma abordagem informada pelos Estudos Descritivos da Tradução (HERMANS, 1985; TOURY, 2012) e pela vertente denominada Estudos do Tradutor (CHESTERMAN, 2014). Como seria de esperar, as três traduções convergem em alguns aspectos e divergem em outros, oferecendo alternativas para um público-alvo de leitores/as e pesquisadores/as que buscam se familiarizar com uma parte menos conhecida da produção lírica de Shakespeare.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcia Amaral Peixoto Martins, PUC-Rio

Marcia do Amaral Peixoto Martins é Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999) e Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1987). Em 2012 realizou pesquisa pós-doutoral sob a supervisão da Dra. Else Ribeiro Pires Vieira na Queen Mary University of London. Desde 1986 integra o corpo docente do Departamento de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde leciona na graduação e na pós-graduação disciplinas de teoria e prática da tradução. Atualmente é supervisora do Bacharelado em Letras - Tradutor (Inglês-Português) do Departamento de Letras da PUC-Rio e co-coordenadora do Curso de Especialização Técnicas, Práticas e Estudos de Tradução (Inglês - Português) da mesma instituição. Compilou a base de dados sobre traduções brasileiras do cânone dramático shakespeariano disponível em http://www.letras.puc-rio.br/shakespeare/, da qual é gestora. Seus principais interesses de pesquisa são a historiografia da tradução e reescritas brasileiras do cânone dramático shakespeariano.

Referências

AFONSO, Leonardo. Entrevista pessoal. 25 jan. 2022.

BEVINGTON, David. Introduction. In: SHAKESPEARE, William. (1951). Shakespeare: the poems. Ed. David Bevington. New York: Bantam Books, 1988. p. 69-73.

BRITTO, Paulo Henriques. Padrão e desvio no pentâmetro jâmbico inglês: um problema para

a tradução. In: GUERINI, Andréia; TORRES, Marie-Hélène; COSTA, Walter Carlos (Org.).

Literatura traduzida & literatura nacional. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008. p. 133-142.

CHESTERMAN, Andrew. “The name and nature of Translator Studies”. In: _____. Reflections on Translation Theory: selected papers 1993-2014. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 2017. p. 323-329.

DELZIOVO, Carmem Regina; COELHO, Elza Berger Salema; D’ORSI, Eleonora; LINDNER, Sheila Rubia. Violência sexual contra a mulher e o atendimento no setor saúde em Santa Catarina – Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 5, p. 1687-1696, maio 2018.

FUNCK, Elvio. Introdução. In: SHAKESPEARE, William. O estupro de Lucrécia e Vênus e Adônis. Tradução interlinear, introdução e notas de Elvio Funck. Porto Alegre: Movimento, 2020. p. 9-12.

FUNCK, Elvio. Breves esclarecimentos introdutórios sobre Macbeth. In: SHAKESPEARE, William. Macbeth. Tradução interlinear e notas de Elvio Funck. Porto Alegre: Editora Movimento; Florianópolis: Editora da UFSC, 2006. p. 7-9.

FUNCK, Elvio. Introdução. In: SHAKESPEARE, William. Júlio César. Tradução interlinear, introdução e notas de Elvio Funck. Porto Alegre: Movimento; Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2017. p. 7-16.

GÓES, Paulo de. O suicídio no pensamento de S. Agostinho: lógica e casuística à luz do De Civ. Dei, I. Revista de Estudos Universitários, Sorocaba, v. 24, n. 1, p. 163-195, 1998.

HERMANS, Theo. Introduction: Translation Studies and a New Paradigm. In: _____ (ed.) The Manipulation of Literature. London: Croom Helm, 1985. p. 7-15.

PYM, Anthony. Method in Translation History. London: Routledge, 2014.

QUAY, Sara E. ‘Lucrece the caste’: The Construction of Rape in Shakespeare's The Rape of Lucrece. Modern Language Studies, v. 25, n. 2, p. 3-17, 1995.

ROE, John (ed.). The Poems. Venus and Adonis, The Rape of Lucrece, The Phoenix and The Turtle, The Passionate Pilgrim, A Lover’s Complaint. Updated edition. Cambridge: Cambridge UP, 2014.

SHAKESPEARE, William. William Shakespeare – Obra Completa. Volume I – Tragédias. Tradução anotada de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros e Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1969a.

SHAKESPEARE, William. William Shakespeare – Obra Completa. Volume II – Comédias e Peças Finais. Tradução anotada de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros e Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1969b.

SHAKESPEARE, William. William Shakespeare – Obra Completa. Volume III – Dramas históricos e Obras líricas. Tradução anotada de F. Carlos de Almeida Cunha Medeiros e Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar Editora, 1969c.

SHAKESPEARE, William. O estupro de Lucrécia e Vênus e Adônis. Tradução interlinear, introdução e notas de Elvio Funck. Porto Alegre: Movimento, 2020.

SHAKESPEARE, William. A tragédia de HAMLET, príncipe da Dinamarca. Tradução de Leonardo Afonso. São Paulo: Chiado Books, 2020.

SHAKESPEARE, William. A violação de Lucrécia. Trad. Leonardo Afonso. Texto inédito disponibilizado pelo tradutor, 2022.

TOURY, Gideon. Descriptive Translation Studies and Beyond. Revised edition. Amsterdam: John Benjamins, 2012.

Downloads

Publicado

25.06.2022

Edição

Seção

DOSSIÊ TRADUÇÃO LITERÁRIA: HISTÓRIA, TEORIA E CRÍTICA