FILOSOFIA AFRICANA E PRÁXIS ANCESTRAIS FEMININAS:
A SABEDORIA QUE “RENASCE” COM VESTES DE DIAMANTE
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v11i2.54033Palavras-chave:
Cosmoencantamento, Saberes ancestrais femininos, Ser-tão, Escuta sensívelResumo
Este artigo tenciona dialogar brevemente sobre os saberes ancestrais femininos nas filosofias africanas. Para isso, apresenta uma crítica à forma como as mulheres são apresentadas no pensamento filosófico ocidental e a sua ausência na construção do pensamento da filosofia africana contemporânea, propondo a descolonização do conhecimento e de todos os sentidos. Assim, privilegiamos as vozes de mulheres negras africanas e da diáspora, falando a partir das enunci(ações) do cosmoencantamento, do ser-tão que nos habita, da escuta sensível e do feminino que nos tece desde memórias ancestrais.
Downloads
Referências
BIDIMA, Jean-Godefroy. Da travessia: contar experiências, partilhar o sentido. De la traversée: raconter des expériences, partager le sens. Rue Descartes, 2002/2, n.36, p. 7-17. Tradução para uso didático por Gabriel Silveira de Andrade Antunes.
CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. Tese (Doutorado em Filosofia da Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005.
______. Mulheres em movimento. Estud. av., São Paulo, v. 17, n.49, p. 117-133, dez. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v17n49/18400.pdf>. Acesso em: 10 de jul. de 2019.
CHIZIANE, Paulina. O canto dos escravizados. Belo Horizonte, Nandyala, 2018.
______. Não haverá filosofia africana a partir de um livro da Europa. 2014. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/nao-havera-filosofia-africana-partir-de-um-livro-da-europa/>. Acesso em: Janeiro de 2015.
EVARISTO, Conceição. Prefácio. In: CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.
______. Conceição Evaristo: “O que nós conquistamos não foi porque a sociedade abriu a porta, mas porque forçamos a passagem”. Entrevista Concedida a Kamille Viola. Revista Marie Claire, maio de 2018. Disponível em: https://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2018/05/conceicao-evaristo-o-que-nos-conquistamos-nao-foi-porque-sociedade-abriu-porta-mas-porque-forcamos-passagem.html . Acesso em: 26 de maio de 2018.
______. Olhos d’água. 1. Ed., Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2016.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. 2 ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução de Jess Oliveira. 1. Ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MACHADO, Adilbênia Freire. Filosofia africana contemporânea desde os saberes ancestrais femininos: novas travessias/novos horizontes. Ítaca n.º 36. Especial Filosofia Africana, 2020.
______. Saberes ancestrais femininos na filosofia africana: poéticas de encantamento para metodologias e currículos afrorreferenciados. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira. 2019. 268p.
______. Filosofia africana: ética de cuidado e de pertencimento ou uma poética de encantamento. Número Especial “Filosofia Africana: pertencimento, resistência e educação”: Problemata: Revista Internacional de Filosofia. v. 10. n. 2 (2019a), p. 56-75.
______. Filosofia Africana: ancestralidade e encantamento como inspirações formativas para o ensino das africanidades. Fortaleza: Imprece, 2019b.
MACHADO, Vanda. Pele da Cor da Noite. Salvador: EDUFBA, 2013.
NOGUERA, Renato. O Ensino de Filosofia e a Lei 10.639. Rio de Janeiro: Pallas, Biblioteca Nacional, 2014.
OLIVEIRA, Kiusam Regina de. Pedagogia da Ancestralidade. In: Revista Online, postado em 18 de julho de 2019. Visitado em 08 de agosto de 2019. Vide: <https://www.sescsp.org.br/online/artigo/13431_PEDAGOGIA+DA+ANCESTRALIDADE>
OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. Tradução para uso didático de: OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceptualizing Gender: The Eyrocentric Foundations of Feminist Concepts and the challenge of African Epistemologies. African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms. CORDESRIA Gender Series. Volume 1, Dakar, CORDESRIA, 2004, p. 1-8 por Juliana Araújo Lopes.
OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. Visualizando o Corpo: Teorias Ocidentais e Sujeitos Africanos. Visualizing the Body: Western Theories and African Subjects in: OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ́. The Invention of Women: Making an African Sense of Western Gender Discourses. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997, p. 1-30. Tradução para uso didático de wanderson flor do nascimento.
PINTO, Makota Valdina. Seja mestre de si. 2018. Vide: <https://www.youtube.com/results?search_query=TPSM_Conexão%7C+Seja+mestre+de+si+-+makota+valdina>. Acesso em: maio de 2019.
RIBEIRO, Ronilda. Alma Africana no Brasil: Os Iorubás. São Paulo: Editora Oduduwa, 1996.
ROCHA, Aline Matos da. A corporal(idade) discursiva à sombra da hierarquia e do poder: uma relação entre Oyĕwùmí e Foucault. Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Filosofia (Fafil), Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2018. 98f. ______. Pensar o invisível: as mulheres negras como produtoras de pensamento filosófico. Monografia (Graduação). Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2014. 33f.
SIQUEIRA, Ana Carla de Abreu. Ser mulher na pós-graduação em filosofia. Revista Lampejo, v. 06, n 01. Páginas: 216 – 220. 2017.1. Disponível em: <http://revistalampejo.org/edicoes/edicao-11-vol_6_n_1/015-SER_MULHER.pdf> Acesso em: janeiro de 2018.
SOMÉ, Sobonfu. O Espírito da Intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre relacionamentos. SP: Odysseus Editora, 2003.
THEODORO, Helena. Mito e Espiritualidade: mulheres negras. Rio de Janeiro: Pallas ed., 1996.
WERNECK, Jurema. Introdução. WERNECK, Jurema; MENDONÇA, Maisa; WHITE, Evelyn C (Orgs). O Livro da Saúde das Mulheres Negras: nossos passos vêm de longe. Tradução de Maísa Mendonça, Marilena Agostini e Maria Cecília MacDowell dos Santos. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Pallas / Criola, 2006.
WHITE, Evelyn C. Apresentação. In: O Livro da Saúde das Mulheres Negras: nossos passos vêm de longe. WERNECK, Jurema; MENDONÇA, Maisa; WHITE, Evelyn C (Orgs). Tradução de Maísa Mendonça, Marilena Agostini e Maria Cecília MacDowell dos Santos. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Pallas / Criola, 2006.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).