KANT CONTRA A GULA:

MAS EM DEFESA DE UM BOM BANQUETE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v16i3.72748

Palavras-chave:

Immanuel Kant, gula, dever, fruição, banquete

Resumo

Este artigo tem por objetivo desvelar a profundidade das exposições de Kant contra a gula no “Artigo terceiro: Do aturdimento de si próprio pela imoderação no uso da bebida ou da comida” do “Capítulo primeiro: O dever do homem para consigo próprio, considerado como um ser animal”, da sua “Doutrina da Virtude” na “Metafísica dos Costumes”. Neste desvelar, se quer destacar que Kant procura fundamentar o dever de não ser guloso, mas não por causa da manutenção de uma boa saúde. Além disso, evidenciar que, para Kant, há um modo intelectual de utilizar os meios de fruição, isto é, através dos meios estupefacientes, aos quais, porém, também não faz apologia. Por fim, é necessário esclarecer que, mesmo negando a glutoneria, Kant indica a existência de uma finalidade moral para tomar parte em um bom banquete, a saber, comunicar-se com outros, por amor, em busca do bem que é a bela verdade. 

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Biografia do Autor

Aleph Cedrim Barbalho, Universidade Federal de Pelotas

Doutorando em filosofia, mestre e licenciado em filosofia (Unicap). Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Bolsista CAPES.

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Publicado

31-08-2025

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