Percurso da institucionalização da Assistência Estudantil no Brasil

Autores

  • Giselle Pinto PUC-Rio

Palavras-chave:

Ensino Superior, Institucionalização, Assistência Estudantil

Resumo

O artigo tem por objetivo percorrer o desenvolvimento do sistema educacional brasileiro, buscando destacar o processo de institucionalização da assistência estudantil, destacadamente no ensino superior. Como fonte de pesquisa, utilizamos produções acadêmicas (livros, teses e dissertações) que se debruçaram, de alguma forma, sobre o tema, além de documentos e legislações pertinentes. As análises indicam que, de modo geral, as ações de assistência aos estudantes universitários se desenvolveram por mobilização das próprias instituições, posteriormente, a partir de grupos como o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE), da atuação dos movimentos sociais e estudantis, mas principalmente por interesses político-estatais, que se mostraram, ao longo do período estudado, mais ou menos permeáveis à implementação de políticas de cunho social e de garantias consideradas fundamentais para o exercício de uma cidadania plena no Brasil, como é o caso do acesso à educação.

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Biografia do Autor

Giselle Pinto, PUC-Rio

Doutora em Serviço Social pela PUC-Rio, Mestre em Política Social pela UFF, Assistente Social pela UFF. Atua na Escola de Serviço Social/UFF. Pesquisadora das áreas de Educação Superior, Gênero e Relações Raciais.

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Publicado

29.06.2024

Como Citar

PINTO, G. Percurso da institucionalização da Assistência Estudantil no Brasil. Revista Lugares de Educação, [S. l.], v. 8, n. 16, p. 53–65, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rle/article/view/33919. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos